TREPONEMA PALLIDUM: MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS

Autores

  • Lohraine Talia Domingues
  • Isabela Reis Manzoli
  • Diego Bezerra Soares
  • Gabriele Pereira Reis

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/2149

Palavras-chave:

ANTIBIÓTICOS, RESISTÊNCIA, SÍFILIS, TREPONEMA PALLIDUM

Resumo

Introdução: O Treponema pallidum é o agente causador da Sífilis, infecção sexualmente transmissível caracterizada por distintas manifestações clínicas e três estágios de progressão: primário, secundário e terciário. Ademais, sabe-se que a doença não afeta apenas adultos, podendo ser transmitida pela via vertical. A infecção pela Sífilis é considerada um importante agravo para a saúde pública no Brasil, já que em 2019 foram notificados aproximadamente 150 mil casos confirmados, o equivalente a uma taxa de incidência de 72,8 casos por 100 mil habitantes sendo a maior parte indivíduos entre 20 a 29 anos correspondendo a 36,2% do total. Nesse contexto, evidencia-se que um dos principais motivos para o avanço da epidemia da Sífilis é o surgimento de mecanismos de resistência das bactérias aos antibióticos existentes. Objetivos: Devido a elevada prevalência entre os jovens e o aumento da resistência bacteriana aos antibióticos utilizados convencionalmente, faz-se necessário mais estudos a fim de esclarecer o seguinte questionamento “Quais são os mecanismos de resistência aos antibióticos do Treponema pallidum?” Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo com intuito de elucidar os aspectos de patogenicidade que conferem vantagem ao T. pallidum a utilização de medicamentos. Para tanto utilizou-se as bases de dados SciELO, Pubmed, Medline abrangendo o período de 2010 a 2020 e o Tratado de Infectologia Veronese 6ª edição. Resultados: A partir desse estudo foi possível observar que o uso indiscriminado e a interrupção inadequada do tratamento farmacológico corroboram a seleção de cepas resistentes aos antibióticos a base de penicilina, visto que o T. pallidum após contato com tais fármacos desenvolvem um mecanismo de patogenicidade capaz de inativar as enzimas beta-lactamases. Além disso, a exposição excessiva a medicamentos de forma inadequada, confere às bactérias mais fatores de patogenicidade, tais como: fortalecimento da cápsula bacteriana, maior aderência, proteína M e outras enzimas. Conclusão: Em síntese, esse estudo observou que o uso indiscriminado e o abandono precoce do tratamento, configura os principais motivos para uma acentuada resistência bacteriana do Treponema pallidum, no tratamento com medicamentos à base de penicilina.

Publicado

2021-10-07

Como Citar

Domingues, L. T. ., Manzoli, I. R. ., Soares, D. B. ., & Reis, G. P. . (2021). TREPONEMA PALLIDUM: MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 11. https://doi.org/10.51161/rems/2149

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas On-line

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