PARACOCCIDIOIDOMICOSE: DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DE UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2249Palavras-chave:
DESAFIOS, DIAGNÓSTICO, PARACOCCIDIOIDOMICOSE, POPULAÇÃO NEGLIGENCIADAResumo
Introdução: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pela inalação ou por inoculação de esporos de fungos dimórficos do gênero Paracoccidioides. Essa doença, na fase aguda, afeta a mucosa das vias aéreas superiores, a boca, a pele e órgãos internos, podendo evoluir para a forma crônica disseminada pela via linfática, hematogênica ou canalicular. Em relação ao perfil epidemiológico, observa-se que residentes e trabalhadores da zona rural fazem parte da principal população acometida, uma vez que a produção de esporos infectantes ocorre no solo e em detritos vegetais. Ademais, tal infecção fúngica é considerada como a décima causa de morbimortalidade dentre as doenças endêmicas parasitárias no Brasil e apresenta um recente aumento no número de casos. Nesse contexto, apesar de ser uma enfermidade que pode levar a graves complicações, a paracoccidioidomicose é uma doença tropical negligenciada por afetar uma população que vive em condições de vulnerabilidade social. Objetivo: Devido à falta de visibilidade da PCM, faz-se necessário o aprimoramento da análise epidemiológica da doença no país. Sob esse viés, foi levantado o seguinte questionamento: “Quais os principais desafios na prevenção e no tratamento da paracoccidioidomicose?”. Material e métodos: O estudo consiste em uma revisão de literatura retrospectiva com o intuito de elucidar os aspectos determinantes para a detecção precoce, a redução do número de casos e promover um melhor prognóstico. Para tanto, utilizou-se as bases de dados SciELO, PubMed e MedLine. Resultados: A partir dessa análise, foi possível evidenciar a importância médica e social da paracoccidioidomicose. Entretanto, não recebe o investimento adequado das instituições envolvidas em políticas de saúde pública. Diante disso, um dos principais desafios enfrentados está na acessibilidade ao diagnóstico precoce e a falta da notificação compulsória, uma vez que essa doença acomete uma população negligenciada. Conclusão: Em síntese, nota-se uma dificuldade nas abordagens terapêuticas para a PCM, já que há desinteresse da indústria farmacêutica no que diz respeito ao desenvolvimento de novos antifúngicos, comprometendo a eficácia e adesão ao tratamento.
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