ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL ENTRE 2015 E 2020
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2229Palavras-chave:
EPIDEMIOLOGIA, PRÉ-NATAL, SÍFILIS CONGÊNITAResumo
Introdução: A Sífilis Congênita (SC) é uma doença decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum em gestantes sem adesão ao tratamento ou inadequadamente tratadas. Sua transmissão se dá por via transplacentária ou durante o nascimento, através do contato direto com lesões de sífilis no canal do parto. Por se tratar de uma infecção com amplo aspecto clínico, pode se manifestar desde as formas assintomáticas ou oligossintomáticas até as formas graves com quadros sépticos, óbitos fetais e neonatais. Dessa forma, divide-se a sífilis congênita em precoce, ao surgir até o segundo ano de vida e tardia, ao apresentar os sinais e sintomas após o segundo ano de vida. Objetivo: Objetivou-se nesse trabalho descrever o perfil epidemiológico dos casos registrados de SC no período de 2015 a 2020 no Brasil. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com base em dados secundários extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pelo DATASUS. Resultados: No Brasil, foram notificados 125.359 casos entre os anos de 2015 e 2020, sendo o estado do Rio de Janeiro o mais acometido. Em relação a faixa etária das gestantes, mulheres entre 20 a 29 anos predominaram com 67.474 (53,82%) casos; a maioria das gestantes 102.379 (81,66%) realizaram o pré-natal e 71.258 (56,84%) tiveram o diagnostico durante o exame. O tratamento era realizado de maneira inadequada em 69.539 (55,47%) gestantes, 117.381 (93,63%) casos de sífilis recente foram notificados e 3.760 (2,99%) casos representam os natimortos por sífilis. Conclusão: A partir dessa análise, é possível observar as dimensões da sífilis congênita no território nacional, bem como considerá-la um grande problema de saúde pública. Portanto, torna-se imprescindível aprimorar as estratégias tanto para o diagnóstico durante a realização do pré-natal quanto para a adesão ao tratamento durante a gestação, a fim de que os desfechos desfavoráveis para as crianças sejam mínimos.
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