PASSIFLORA INCARNATA NO AUXÍLIO FARMACOTERAPEUTICO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E NAS DESORDENS DO SONO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2677Palavras-chave:
ANSIEDADE, PASSIFLORA INCARNATA, TRANSTORNOS DO SONOResumo
Introdução: A Passiflora reúne cerca de 400 espécies de maracujá, a maioria originária da região Neotropical (América), sendo aproximadamente 120 nativas do Brasil. Passiflora incarnata, conhecida por flor da paixão ou planta do maracujá, é uma planta medicinal utilizada na preparação de infusões, tinturas e remédios fitoterápicos para acalmar o nervosismo e combater a ansiedade e a insônia. A Passiflora tem na sua composição passiflorina, flavonoides, C-glicosídeos e alcaloides, com propriedades sedativa, calmante, sonífera e hipnótica, sendo por isso útil no tratamento da ansiedade, tensão nervosa, insônia e dificuldade de concentração. Objetivo: Apresentar a detecção qualitativa da ação da Passiflora incarnata em relação as desordens do sono bem como nos transtornos de ansiedade. Metodologia: O presente trabalho configurou-se com um estudo de caso do tipo comparativo e abordagem qualitativa através da revisão sistemática da literatura que possibilitou a construção de referencial teórico sobre assuntos que estão relacionados ao tema em questão, utilizando dados de artigos científicos das plataformas digitais PubMed (National Library of Medicine) e SciELO (Scientific Electronic Library Online). Resultados: Um estudo clínico, randomizado e controlado, avaliou o uso do extrato de P. incarnata no tratamento de desordens da ansiedade. Foram obtidos resultados semelhantes entre os grupos tratados com o oxazepam (30 mg/dia) e com o medicamento a base de extrato de P. incarnata (45 gotas/dia), durante quatro semanas. Além do efeito sedativo, este atua no tratamento de desordens da ansiedade. O flavonóide Chrysin demonstrou possuir alta afinidade, in vitro, aos receptores benzodiazepínicos. Em altas doses, prolongou o efeito hipnótico induzido por pentobarbital. Em outro estudo pré-clínico, também foi demonstrado, in vitro, a ligação aos receptores GABA A e B. Conclusão: Dessa forma acredita-se que os flavonóides presentes na espécie vegetal sejam os principais responsáveis pelas atividades farmacológicas. Estes constituintes, em sinergismo com os alcalóides também presentes no vegetal, promovem ações depressoras inespecíficas do Sistema Nervoso Central (SNC) contribuindo, assim, para a ação sedativa e tranquilizante. Estudos farmacodinâmicos disponíveis suportam o uso como sedativo e ansiolítico. O sinergismo entre os componentes da espécie vegetal é relatado como um importante fator responsável para a ação farmacológica.
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