CÂNCER DE MAMA COM APRESENTAÇÃO ATÍPICA: UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1583Palavras-chave:
CÂNCER DE MAMA, LESÕES LÍTICAS, METÁSTASE, SÍTIOS INCOMUNSResumo
Introdução: Um terço das neoplasias malignas epiteliais nas mulheres tem origem na mama. Tumores com tipos histológicos e graus de diferenciação semelhantes podem apresentar perfis genéticos e prognósticos diferentes, tornando a heterogeneidade uma característica dessa neoplasia, fazendo-se necessárias classificações de acordo com o tipo molecular, como Luminal A, Luminal B, triplo-negativo e HER2+. Objetivos: Reportar um caso de câncer de mama com apresentação atípica. Material e Métodos: O presente artigo relata o caso, mediante revisão de prontuário, de uma mulher, 43 anos, previamente hígida, que procurou atendimento médico devido a queixa álgica em coluna torácica. Resultados: A paciente submeteu-se a tomografia computadorizada (TC) de tórax, evidenciando-se lesões líticas, sendo encaminhada para hematologia para investigação de mieloma múltiplo. A paciente não apresentava anemia, insuficiência renal ou hipercalcemia. Não se identificou a presença de proteína monoclonal. Para investigação de outros sítios, submeteu-se a endoscopia, colonoscopia, ultrassonografia de tireoide e mama, mamografia e tomografia de abdome, identificando-se apenas lesões líticas em coluna lombar e achados benignos na mama esquerda (BIRADS 2). Realizou-se biópsia de medula óssea, constatando-se infiltração medular por neoplasia pouco diferenciada. A imunohistoquímica evidenciou positividade para GATA-3, citoqueratinas e KI67 de 10%. A cintilografia óssea sugeriu acometimento infiltrativo neoplásico multifocal do esqueleto. A ampliação do painel de imunohistoquimica mostrou positividade 80% ++/+++ para receptor de estrogênio. O diagnóstico de carcinoma mamário metastático foi feito e classificado molecularmente como tipo luminal A. Conclusão: O câncer de mama é uma neoplasia de alta prevalência. Em mulheres mais jovens e com mamas mais densas, nas quais os exames para o diagnóstico precoce não são tão efetivos, a análise de fatores de risco e alta suspeição clínica são essenciais. O diagnóstico precoce é essencial para maior efetividade do tratamento e melhorar da sobrevida. O caso relatado apresentou-se com metástase óssea necessitando, portanto, de tratamento mais agressivo.
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