PRIMEIROS REGISTROS DA ESPÉCIE EXÓTICA INVASORA HYPARRHENIA RUFA (NEES) STAPF PARA O ESTADO DE SERGIPE, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2114Palavras-chave:
ESPÉCIE ALÓCTONE, INVASÃO BIOLÓGICA, POACEAEResumo
Introdução: A espécie Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf é uma gramínea nativa da África introduzida no Brasil provavelmente na época da colonização. Atualmente configura-se como uma importante exótica invasora, capaz de causar diversos impactos ambientais. Utilizada para a formação de pastagens, tem registros de ocorrência em quase todos os estados brasileiros, exceto Acre, Alagoas e Sergipe. Objetivos: Diante dos fatos mencionados, o presente estudo teve como objetivo realizar os primeiros registros de H. rufa para Sergipe. Material e Métodos: Durante expedições de pesquisa realizadas no estado no ano de 2021, cada avistamento da espécie foi georreferenciado e foram realizados registros fotográficos da mesma utilizando uma Canon EOS Rebel SL2. Resultados: A espécie foi registrada em quatro munícipios distintos: Itabaiana (10°46’10,05”S 37°22’26,08”O); Areia Branca, dentro dos limites do Parque Nacional Serra de Itabaiana (10°46’14,40”S 37°20’52,54”O); Laranjeiras (10°49’23,95”S 37°14’05,52”O) e; Aracaju (10°53’07,33”S 37°08’04,32”O). H. rufa ocorre do litoral ao agreste do estado em uma região com altitude variando de 23 a 237 m. Nessas áreas ocorrem diferentes tipos de solos e a vegetação predominante é a Mata Atlântica em diferentes condições de conservação. Adicionalmente, observamos que a espécie ocupava grandes extensões dos ambientes e apresentava populações bastante adensadas. Associada a ela havia poucas espécies, em geral eram outras gramíneas exóticas invasoras a exemplo de Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K.Simon & S.W.L.Jacobs e Urochloa brizantha (Hochst. ex A.Rich.) R.D.Webster. Conclusão: Conclui-se que H. rufa apresenta ampla distribuição no estado de Sergipe e que devido aos impactos ambientais que a espécie pode causar, torna-se necessário e urgente a criação de políticas públicas visando a erradicação da exótica invasora, especialmente em áreas de importância para a conservação da biodiversidade autóctone do estado.
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