ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO: PRÁTICAS IATROGÊNICAS

Resumo

INTRODUÇÃO: O angioedema hereditário (AEH) é uma doença autossômica dominante, caracterizada por episódios frequentes de edema subcutâneo e/ou submucoso. No Brasil, embora a prevalência do AEH seja baixa, quando não diagnosticada corretamente a mortalidade pode ser superior a 30%. A patologia atualmente ainda é de pouco conhecimento médico, por vezes, o diagnóstico é tardio, provocando práticas iatrogênicas que podem resultar no óbito. OBJETIVOS: Analisar as publicações científicas sobre as intervenções iatrogênicas causadas no AEH. MATERIAL E MÉTODOS: Foi elaborada uma revisão bibliográfica, no mês de março de 2021. Para a obtenção dos artigos científicos, foram realizadas pesquisas sobre o tema, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e base de dados LILACS e MEDLINE, os artigos encontrados estão no período compreendido entre 2016 à 2021. Foram utilizados os descritores, “angioedema hereditário”, “erro médico” e “iatrogenia”. RESULTADOS: De acordo com os estudos, foi possível analisar que os erros no AEH são frequentes, causados principalmente pela falta de conhecimento acerca da patologia, mas também devido a possível confusão no diagnóstico, visto que a clínica da doença é similar a reações alérgicas, intoxicações e abdome agudo. Segundo os autores, as iatrogenias mais comuns causadas no AEH são, a laparotomia exploratória, que pode causar complicações cirúrgicas nos pacientes, a apendicectomia, e também as grandes investigações laboratoriais, estas podem acabar atrasando o diagnóstico verdadeiro, no caso de um edema de glote, quando não diagnosticado e tratado previamente o paciente pode evoluir ao óbito. As intervenções iatrogênicas poderiam ter sido evitadas com diagnóstico correto e precoce, através da história, quadro clínico e dosagem dos níveis séricos de C4, C1-INH funcional e quantitativo. CONCLUSÃO: O presente estudo analisou que as práticas iatrogênicas são recorrentes no angioedema hereditário, principalmente, porque a falta de conhecimento acerca da doença causa confusão na hora do diagnóstico e pode levar o paciente ao óbito. A compreensão acerca do assunto pode mudar cenários e por isso é necessário que tenham mais estudos sobre o tema, para que os profissionais conheçam a doença e assim evitem as intervenções iatrogênicas.