TENDÊNCIA DA MORTALIDADE MATERNA EM PARNAÍBA-PI, PERÍODO 2000-2014
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2426Palavras-chave:
MORTALIDADE MATERNA, ÓBITO MATERNO, RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNAResumo
Introdução: A morte materna é um problema de saúde pública evitável na maioria dos acontecimentos, mas tem se mantido crescente, causando extensão desfavorável para as comunidades. Objetivo: Descrever o perfil da mortalidade materna na cidade de Parnaíba-PI, no período de 2000 a 2014. Metodologia: Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo, do tipo exploratório e retrospectivo, com uma abordagem quantitativa, cujos dados foram obtidos por meio eletrônico através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS/MS). Resultados: Foram caracterizados os casos de óbitos maternos do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), dos residentes do município de Parnaíba-PI, na faixa etária de 10-49 anos, coletados durante os meses de Outubro de 2016 a Janeiro de 2017. Segundo os resultados, no ano 2000, a cidade de Parnaíba obteve uma Razão de Mortalidade Materna (RMM) de 86,8, sendo esta 20,7% superior à do Piauí. Porém, de 2001 a 2013 a RMM de Parnaíba manteve-se inferior a do Estado, mas não houve padrão de declínio contínuo para a cidade, e no ano de 2014, a RMM parnaibana foi 89,2% superior a da registrada no estado. Os transtornos hipertensivos foram a principal causa de mortes na cidade (33,3%), seguido das complicações relacionadas ao puerpério (29,7%). As mulheres cujo estado civil era solteira no momento do óbito, obtiveram o maior percentual, com 59,3%. Houve predomínio da escolaridade de 1 a 3 anos de estudo, com 25,9%. O percentual dos óbitos maternos investigados foi de 40,7%. Além disso, a identificação e implantação de intervenções efetivas na redução da mortalidade materna durante o pré-natal e, preferencialmente, no parto, devem ser prioridades do governo e da sociedade. Conclusão: Para a cidade de Parnaíba, assim como para todo o Brasil, as intervenções necessárias podem incluir um adequado sistema de registro de nascimentos e mortes, a implantação dos comitês de mortalidade materna, o planejamento familiar, a assistência pré-natal, a utilização de parteiras tradicionais em determinados contextos, o uso de tecnologias apropriadas, o atendimento profissional capacitado e a atenção institucional ao parto.
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