PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2991Palavras-chave:
DOENÇAS NEGLIGENCIADAS, PARASITOSES INTESTINAIS, ENTEROPARASITOSESResumo
Introdução: As parasitoses intestinais têm relevância pela elevada morbidade. Estão associadas a quadros de diarreia crônica e desnutrição, sendo um dos principais fatores debilitantes da população, particularmente de crianças e adolescentes. Consideradas doenças negligenciadas, são bons indicadores do status socioeconômico de uma comunidade. Os principais enteroparasitos são os helmintos e os protozoários, possuem causas multifatoriais, e no Brasil a distribuição varia entre as regiões, com destaque para a Região Nordeste. Objetivos: Realizar levantamento bibliográfico referente à prevalência de parasitoses intestinais na região Nordeste do Brasil. Material e métodos: O estudo consiste em uma revisão bibliográfica, que visa contribuir e explicitar teoricamente sobre o assunto. A pesquisa bibliográfica foi realizada entre junho e dezembro de 2014 e incluíram artigos originais, artigos de revisão, dissertações e artigos eletrônicos expostos nos bases de dados LILACS e PUBMED. No direcionamento da pesquisa, foram utilizados seis descritores: parasitoses intestinais; enteroparasitoses; helmintíases; prevalência; parasitismo; e enteropatias parasitárias, pesquisados isoladamente ou associados entre si e seus respectivos em inglês, localizando no total 20 estudos relacionados com a temática em foco. Resultados: A análise dos dados demonstrou maior prevalência de positividade em estudos feitos em áreas de vulnerabilidade, principalmente em grupos de crianças, ribeirinhos e indígenas. O déficit significativo de saneamento básico e as precárias condições de vidas em áreas rurais e suburbanas evidenciaram altas prevalências de parasitoses intestinais, afetando principalmente as faixas etárias mais jovens da população. Foi encontrada elevada prevalência de helmintíases intestinais (36,5%-75%) em cidades nordestinas, com predomínio de Ascaris lumbricoides (6,93%-58,84%). Quanto aos protozoários patogênicos, destaque para elevada prevalência de Giardia lambia (48%). Conclusão: A região nordeste ainda enfrenta dificuldades para o controle das parasitoses intestinais. A elevada prevalência de enteroparasitose nessa região aponta para a necessidade da desparasitação, melhoria das condições de saneamento básico e realização de programas visando interromper a cadeia epidemiológica de transmissão dessas doenças.
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