ABORDAGENS TERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO DE TUNGÍASE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2142Palavras-chave:
TUNGIASIS, HEALTH SERVICES ACCESSIBILITY, EPIDEMIOLOGYResumo
Introdução: A tungíase é uma doença infecciosa causada por uma pulga ectoparasita da ordem Siphonatera, gênero Tunga e pela espécie penetrans, podendo atingir humanos e animais, sendo endêmica na América Latina, África, Índia, Caribe e tendo seu período de proliferação durante estação quente e seca. Essa patologia constitui um problema de saúde pública visto que ocorre com frequência em países em desenvolvimento, especialmente naqueles em que populações marginalizadas não tem acesso a condições de saneamento básico e saúde. Objetivos: realizar uma revisão de literatura acerca das abordagens terapêuticas utilizadas no tratamento de tungíase. Metodologia: foi realizado uma busca, em outubro de 2020, utilizando-se base de dados como PubMed, Cochrany Library e Lilacs, sintaxe com os seguintes descritores: tungiasis, tunga, drug therapy, treatment, plant oils, therapeutic use. Foram identificados 63 artigos, selecionados artigos independentes do idioma, limite temporal entre 2009 a 2019, encontrados na íntegra e que retratassem tratamento em humanos, como critérios de exclusão, estudos com animais, e metodologia incompleta. Desse modo, foram eleitos 13 artigos. Resultados: em um estudo no nordeste brasileiro, fatores ambientais influenciam na disseminação da tungíase somado à precariedade da população, favorecendo surtos da doença. Em uma comunidade do Quênia, foi realizado um ensaio clínico randomizado com óleo de coco e permanganato de potássio, o tratamento com os óleos foi mais eficaz, pois reduziu o nível de inflamação, dor e coceira. Somado a isso, um estudo mais recente, evidencia, através de ensaio clínico randomizado, que o uso de sapatos tem efeito protetor e o uso de óleos é preventivo na infestação. Conclusão: a utilização de óleos no tratamento da prevenção da tungíase mostrou-se eficaz, além de ser uma forma acessível a população, além de não oferecer riscos com a retirada manual da pulga.
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