RELAÇÃO ENTRE O INFLAMASSOMA E A COVID-19 GRAVE

Autores

  • Idna Lara Goes De Sena
  • Maria Tereza Linhares Cardoso
  • Giovanna Rolim Pinheiro Lima
  • Silvia Fernandes Ribeiro Da Silva

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/986

Palavras-chave:

Covid-19, Imunidade Inata, Inflamassoma, Inflamação, Tempestade De Citocinas

Resumo

INTRODUÇÃO: O inflamassoma é um complexo multiproteico formado no citosol em resposta aos PAMPs e DAMPs. Sua função é gerar as formas ativas das citocinas IL-1β e IL-18 que, antes de serem liberadas das células, são clivadas pela caspase-1, tornando-se ativas para promoverem a resposta inflamatória. A ativação do inflamassoma tem como consequência a piroptose, uma forma inflamatória de morte celular programada de macrófagos caracterizada pelo inchaço das células, perda da integridade da membrana plasmática e liberação de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-18, TNF-α, IL-6 e IL-8). OBJETIVO: Avaliar o papel do inflamassoma na COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: Para realizar a coleta das informações, foram consideradas publicações no idioma inglês que abordassem o tema “Ativação dos inflamassomas na COVID-19” na plataforma MEDLINE (PubMed). Foram usadas as seguintes palavras-chave: “COVID-19”, “inflammasomes”, “inflammation”, “innate immunity”. RESULTADOS: Os estudos estão em acordo acerca da relação entre a magnitude da ativação do inflamassoma e a COVID-19 grave. Os autores relatam que a defesa inicial inata é importante na resposta dos pacientes contra o SARS-CoV-2. Porém, o encontro de níveis elevados de caspase-1, de IL-1β e de IL-18, estão associados à gravidade da doença e ao desfecho clínico insatisfatório. A piroptose desencadeada pela infecção pelo SARS-CoV-2 e a consequente liberação de LDH e de citocinas pró-inflamatórias, detectados no soro dos pacientes, sugere envolvimento do inflamassoma na tempestade de citocinas. Além disso, pacientes com a forma grave da doença contêm um número maior do inflamassoma de NLRP3, indicando presença de inflamassomas ativos em casos letais de COVID-19. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os inflamassomas participam da fisiopatologia da COVID-19. No entanto, ainda é necessária a determinação dos mecanismos exatos pelos quais o SARS-CoV-2 aciona o inflamassoma, pois esse complexo multiproteico pode ser um marcador valioso da gravidade da doença e um potencial alvo para estratégias terapêuticas eficazes contra a COVID-19.

Publicado

2021-04-24

Como Citar

De Sena, I. L. G., Cardoso, M. T. L., Lima, G. R. P., & Da Silva, S. F. R. (2021). RELAÇÃO ENTRE O INFLAMASSOMA E A COVID-19 GRAVE. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 44. https://doi.org/10.51161/rems/986

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Imunologia On-line

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