SÍNDROME METABÓLICA E TRANSTORNO DEPRESSIVO

Autores

  • Crístia Rosineiri Gonçalves Lopes Corrêa
  • Diule Nunes Sales
  • Mariana Schmidt Cheaitou
  • Sofia D'anjos Rodrigues
  • Vitor De Paula Boechat

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/978

Palavras-chave:

Síndrome Metabólica, Diabetes Mellitus Tipo 2, Transtorno Depressivo

Resumo

INTRODUÇÃO: Pode-se identificar na literatura uma associação entre Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), doença cardiovascular e transtorno depressivo. Ademais, a Síndrome Metabólica (SM) tem sido descrita como significativamente associada à mortalidade precoce em pacientes com DM2. A prevalência de SM é de mais de 80% entre os pacientes com DM2. SM se configura como uma condição clínica complexa a partir de fatores de risco cardiovasculares (dislipidemia, obesidade centrípeta, alteração na homeostase glicêmica e hipertensão arterial sistêmica) que se relacionam com a deposição central de gordura e com a resistência insulínica marcada pela hipersecreção de cortisol. No entanto, SM também é apresentada em associação com mortalidade precoce em indivíduos não-diabéticos. OBJETIVO: Investigar se ocorre uma associação entre SM e transtorno depressivo, independentemente de DM2. MÉTODO: Durante o mês de março de 2021, revisou-se publicações, em inglês, tendo como referência a base de dados MedLine via PubMed. Foi utilizado MeSH, a fim de obter as variações dos descritores e filtrados artigos publicados nos últimos treze anos. RESULTADOS: Foram incluídos na revisão sete estudos relacionados ao tema. Por um lado, resultados indicam que indivíduos com SM (sem e com DM2) podem desenvolver transtorno depressivo a partir de anormalidades ocorridas no eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal a partir de dano no hipocampo, com ciclo vicioso de elevações crônicas do cortisol. Por outro, foi encontrado também que o transtorno depressivo se associa às citocinas pró-inflamatórias que podem induzir a resistência insulínica, contribuindo para o risco de SM. Os níveis dos marcadores inflamatórios (proteína C reativa e PAI-1) foram maiores entre pacientes com SM. Indivíduos com SM tiveram escores mais elevados para depressão (n=409, mean score 3.41, 95% CI 3.12-3.70) que aqueles sem SM (n=936, mean 2.95, 95% CI 2.76-3.13). Neste contexto, foi identificada uma prevalência de SM de 53,2% em pacientes deprimidos, enquanto no grupo controle foi de 32,3%. Finalmente, a maior parte dos resultados indicam que tanto SM configura-se como fator de risco para depressão como o inverso pode ocorrer. CONCLUSÃO: A grande maioria dos resultados encontrados indicam associação entre SM e transtorno depressivo, independentemente de DM2.

Publicado

2021-04-24

Como Citar

Corrêa, C. R. G. L., Sales, D. N., Cheaitou, M. S., Rodrigues , S. D., & Boechat, V. D. P. (2021). SÍNDROME METABÓLICA E TRANSTORNO DEPRESSIVO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 36. https://doi.org/10.51161/rems/978

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Imunologia On-line

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