O USO DE ANTICOAGULANTES NA COVID-19

Autores

  • Daniel Vitor Da Silva Monteiro
  • Daniele De Lima Dos Santos
  • Ediberto Nunes
  • Jaqueline Salim Brabo
  • Maria Carolina Raiol Da Silva

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/944

Palavras-chave:

Anticoagulante, Coronavírus E Covid-19

Resumo

Introdução: Uma infecção por SARS-CoV-2 pode desencadear uma resposta imune excessiva, conhecida como tempestade de citocinas, que pode levar à falência de múltiplos órgãos e à morte. Objetivo: Analisar como o SARs-CoV-2 interfere na cascata de coagulação e como os anticoagulantes podem atuar sendo possíveis coadjuvantes no tratamento da COVID-19. Material e métodos: As buscas foram realizadas em bases de dados bibliográficas — SciELO, BIREME, LILACS. Incluiu-se artigos do período de maio de 2020 a dezembro de 2020, com delineamento experimental ou observacional, em Inglês, Português e Espanhol. Resultados: A resposta inflamatória sistêmica em pacientes com infecção, pode resultar em lesão endotelial com consequente aumento na geração de trombina e redução da fibrinólise endógena. Esse estado pró-trombótico é denominado coagulopatia induzida pela sepse e precede a coagulação intravascular disseminada. Assim, os fatores mais importantes que atuam nesse distúrbio do sistema de coagulação durante a sepse são as citocinas inflamatórias ou tempestades de citocinas. Ocorrendo uma interação cruzada, onde a inflamação induz a ativação da coagulação e a coagulação acentuando a atividade inflamatória. A heparina vem sendo utilizada ativando a antitrombina, que irá atuar inibindo a trombina, resultando na não formação de fibrina e nem de coágulos. As heparinas não fracionadas e as heparinas de baixo peso molecular são aprovadas como anticoagulantes e antitrombóticos. A heparina apresenta também um efeito antiarrítmico e antiflamatório. Sabe-se que o Coronavírus possui uma glicoproteína estrutural de superfície chamada S1, que se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2, possibilitando a sua entrada na célula hospedeira, dessa forma, a heparina se ligará a proteína viral estrutural induzindo uma mudança nessa proteína impedindo a endocitose, ou seja, a entrada desse vírus. Conclusão: Além dos efeitos anticoagulante e anti-inflamatório, as heparinas apresentam o papel de protetor endotelial, por antagonizar as histonas que causam injuria endotelial e um efeito antiviral por competir com o vírus pelo sítio de ligação da superfície celular. Dessa forma, a Sociedade Americana de Hematologia recomenda que todos os pacientes hospitalizados com COVID-19 devam receber profilaxia farmacológica com HBPM (heparina de baixo peso molecular), a menos que apresente alguma contraindicação.

Publicado

2021-04-24

Como Citar

Monteiro , D. V. D. S., Dos Santos, D. D. L. ., Nunes, E. ., Brabo, J. S. ., & Da Silva, M. C. R. (2021). O USO DE ANTICOAGULANTES NA COVID-19. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 05. https://doi.org/10.51161/rems/944

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Imunologia On-line

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