BURNOUT PARENTAL NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3268Palavras-chave:
BURNOUT PARENTAL, PANDEMIA, COVID-19Resumo
Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe mudanças relevantes no cenário global, alterando o estilo de vida e o cotidiano dos cidadãos. Nessa perspectiva, medidas como o isolamento social, trabalho remoto e ensino à distância foram adotadas, o que afetou diretamente a saúde mental dos indivíduos. Em consequência disso, destaca-se a síndrome de burnout parental como um dos transtornos frequentes apresentado por alguns pais diante da atual conjuntura, caracterizado pelo cansaço extremo, cobranças pessoais e sentimentos de ineficiência, que comprometem a relação com os filhos. Objetivos: Analisar o burnout parental, de modo a destacar suas causas e impactos durante a pandemia de COVID-19. Material e métodos: Este estudo foi elaborado através do método de revisão integrativa, utilizando ferramentas online de busca de artigos científicos e/ou clínicos publicados entre os anos 2020 e 2021, indexados em fontes multinacionais. Resultados: Dados obtidos de um estudo global envolvendo 42 países, publicado na revista Affective Science, apontam que os desafios na conciliação de tarefas, a sobrecarga e o aumento das responsabilidades culminaram no esgotamento parental. Verificou-se também que países com culturas individualistas são mais propensos ao desenvolvimento de burnout de pais e mães. Já em uma pesquisa realizada pela Universidade do Porto, no período entre a primeira e segunda onda da COVID -19, comparou-se um grupo de pais e mães que viviam com um filho ou mais, observou-se que na segunda onda houve aumento da exaustão, do distanciamento emocional, do contraste e da despersonalização, os quais são características marcantes dessa psicopatologia. Outrossim, uma investigação executada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão revelou que, das mães entrevistadas, 34% tiveram sentimentos negativos durante a pandemia, já 47% que não tinham sinais de depressão passaram a apresentá-los, corroborando o impacto negativo do isolamento social em indicadores de saúde mental materna. Conclusão: Nota-se, portanto, que essa mudança na dinâmica familiar presenciada tem levado a um o aumento da incidência de burnout parental, caracterizando um problema de saúde pública. Nesse contexto, mostra-se a importância da busca por ajuda profissional, aliada à uma rotina com introdução de atividades individuais e coletivas que aliviem o estresse, conforme a realidade de cada família.
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