A HISTOPATOLOGIA DAS LESÕES CUTÂNEAS ESPECÍFICAS DO LÚPUS ERITEMATOSO

Autores

  • Maria Victória Ferreira Piccoli
  • Anna Carolina Flumignan Bucharles
  • Giovannna Massignan Coppla
  • Stephanie Cardoso Helfer
  • Joana Scapinello Valdameri

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3219

Palavras-chave:

LUPUS ERYTHEMATOSUS, LESÕES CUTÂNEAS, HISTOPATOLOGIA

Resumo

Introdução: O lúpus eritematoso (LE) é uma doença inflamatória autoimune do sistema conjuntivo, cuja sintomatologia principal são as lesões cutâneas, caracterizadas por infiltração perivascular de monócitos com posterior envolvimento da epiderme e anexos. Sendo elas classificadas de acordo com sua histopatologia como específicas ou não-específicas, logo, compreender a histopatologia do LE cutâneo específico é fundamental para um melhor prognóstico desta doença.  Objetivo: Discorrer sobre as características histopatológicas das lesões cutâneas específicas do LE, suas diferentes classificações e abordar as principais manifestações da doença. Material e métodos: A metodologia consistiu em uma revisão literária de artigos publicados nas bases de dados “PubMed” e “Scielo”, no período entre 2012 e 2022, tanto em língua inglesa quanto portuguesa. Resultados: Com base nos artigos apurados, foram expostos como as lesões cutâneas do LE são categorizadas em: aguda (LECA); subaguda (LECS); crônica (LECC). Apesar de convergir quanto à dermatite de interface com degeneração vacuolar da camada basal, elas divergem quanto às suas histopatologias específicas e manifestações clínicas. Entre as classificações, o LECA é a forma mais comum, habitualmente manifestada por uma lesão malar em forma de borboleta, sendo a histologia da lesão descrita por degradação da camada basal, infiltrado mononuclear na junção dermoepidérmica e hiperqueratose. Já a LECA possui como característica específica a necrose subepidérmica, além de uma menor infiltração inflamatória e nível de hiperqueratose reduzido quando comparada com a LECA. A LECA, cujo tipo mais frequente é a LE discóide, se caracteriza por atrofia pilossebácea, deposição de mucina entre fibras colágenas, que acarreta numa fibrose da derme,  apresenta melanófagos com melanina na derme superficial, logo sua coloração diferencia-se das outras lesões. Conclusão: Ante a revisão exposta, torna-se evidente como o discernimento histopatológico das diferentes lesões cutâneas da LE é imprescindível ao correto diagnóstico desta doença. Tendo em vista seu amplo espectro sintomatológico, reconhecer suas variadas manifestações dermatológicas, ampara tanto nas avaliações iniciais quanto no tratamento terapêutico do paciente crônico.

Publicado

2022-03-09

Como Citar

Piccoli, M. V. F. ., Bucharles, A. C. F. ., Coppla, G. M. ., Helfer, S. C. ., & Valdameri, J. S. . (2022). A HISTOPATOLOGIA DAS LESÕES CUTÂNEAS ESPECÍFICAS DO LÚPUS ERITEMATOSO. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 36. https://doi.org/10.51161/rems/3219

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Histologia e Embriologia Humana

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