A CORRELAÇÃO DO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (CCE) DE OROFARINGE ASSOCIADO AO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) E SUA HISTOPATOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3213Palavras-chave:
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, HPV, NEOPLASIA OROFARÍNGEA, OROFARINGEResumo
Introdução: O carcinoma de células escamosas (CCE) é um das neoplasias malignas mais frequentes da cavidade oral, sendo o aumento dos casos de CCE de orofaringe principalmente associado ao papilomavírus humano (HPV). Objetivo: Explorar a relação do CCE de orofaringe com o HPV, associando seus aspectos histopatológicos. Material e métodos: A metodologia consistiu em uma revisão de artigos publicados em inglês ou português nas bases de dado “PubMed” e “Scielo” entre 2015 e 2022, utilizando os descritores “squamous cell carcinoma” e “oropharynx”, através da leitura dos artigos de maior relevância. Resultados: Observa-se um aumento do CCE de orofaringe associado à infecção do HPV, predominantemente associado ao genótipo HPV-16, seguido pelo 18. Tal enfermidade, associada ao HPV, configura um carcinoma de células escamosas não-queratinizadas com características basalóides, sendo as proliferativas localizadas no interior do tumor e as queratinizantes em sua periferia. Quando não associado ao HPV, o oposto ocorre. O CCE origina-se na mucosa revestindo a orofaringe, progredindo ordenadamente de células epiteliais para hiperplasia, displasia (leve, moderada ou grave), carcinoma in situ e atingindo a forma invasiva, que costuma se espalhar para a região dos nodos linfáticos, onde geralmente ocorre a primeira manifestação do tumor. O motivo desse carcinoma relacionado ao HPV se desenvolver na orofaringe é incerto, havendo possíveis teorias. Entre elas, através da junção escamocolunar ocorreria a infecção viral através de feridas ou microtraumas e exposição das células epiteliais basais. Outra refere-se à tendência do CCE originar-se na região tonsilar, pois as invaginações das criptas representam um reservatório para o HPV, além da presença de tecido linfóide nas criptas profundas, com epitélio reticular diminuído e membrana basal descontínua. A detecção do HPV no CCE de orofaringe não é padronizada, porém, é necessária para um diagnóstico assertivo, dado que esse carcinoma apresenta um melhor prognóstico. O seu manejo considera, entre outros fatores, parâmetros histológicos, possibilitando inúmeras combinações terápicas. Conclusão: Ante a revisão exposta, é possível verificar fatores histológicos relacionados ao desenvolvimento de CCE de orofaringe associado ao HPV, ratificando a relevância do correto diagnóstico para um manejo adequado, visto que, quando associado ao vírus, apresenta características histológicas distintas.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br