ESTRESSE OCUPACIONAL E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DE POLICIAIS MILITARES
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3079Palavras-chave:
CONDIÇÕES DE TRABALHO, SAÚDE DO TRABALHADOR, TRABALHOResumo
Introdução: os policiais são expostos aos mais variados tipos de agravo à saúde, devido à natureza das atividades desempenhadas. As altas exigências do ambiente militar, associadas ao aumento da violência e à falta de condições laborais, fazem do trabalho dos policiais uma das profissões mais desgastantes. Desse modo, o aumento do estresse decorrente a atividade laboral exercida pode interferir na qualidade de vida no trabalho deste profissional. Objetivo: identificar se o estresse ocupacional esta associado a qualidade de vida insatisfatória no trabalho de policiais militares das companhias independentes de policiamento especializado. Material e Método: estudo censitário de corte transversal realizado no primeiro e segundo semestre do ano de 2019 com 298 policiais das companhias independentes de policiamento especializado de três municípios baianos. (Ilhéus, Jequié, Vitória da Conquista). Foram utilizados três instrumentos: sociodemográfico e características ocupacionais; qualidade de vida no trabalho e aspectos psicossociais no trabalho. As variáveis do estudo foram apresentadas por meio de frequências absolutas e relativas. Foi utilizado o teste de qui-quadrado ou exato de fisher. Estimaram-se razões de prevalência das variáveis de interesse com os respectivos intervalos de confiança de 95%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Brasil (CAAE: 78682017.4.0000.0055, parecer nº. 2.346.591). Resultados: evidenciou-se que a média de idade foi de 39,3 anos (DP=10,6). Observou-se que 54,4% possuem baixa demanda psicológica no trabalho e (54%) baixo controle sobre o trabalho. A prevalência global de insatisfação com a qualidade de vida no trabalho foi de 41,6% entre os policiais militares. Quanto ao modelo demanda e controle, os policiais militares com trabalho ativo, trabalho passivo e alta exigência apresentaram respectivamente: 1,88, 2,02 e 2,65 vezes maior prevalência de apresentarem qualidade de vida no trabalho insatisfatória em relação aos policiais com baixa exigência. Conclusões: observou-se associação entre o estresse ocupacional com a qualidade de vida no trabalho, comprometendo a saúde física quanto mental. Assim, constatou-se os fatores relacionados ao estresse podem interferir no trabalho do policial do serviço especializado.
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