HISTOPATOLOGIA DA POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR E SUA ASSOCIAÇÃO COM O ADENOCARCINOMA COLORRETAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2721Palavras-chave:
NEOPLASIAS COLORRETAIS, NEOPLASIAS INTESTINAIS, NEOPLASIAS RETAIS, POLIPOSE ADENOMATOSA DO COLOResumo
Introdução: Adenomas são lesões precursoras com potencial evolutivo para malignidade entre 5 e 15 anos. Doenças como a polipose adenomatosa familiar (PAF) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer colorretal. Objetivos: Descrever a histologia colorretal, correlacionando à PAF e sua evolução para adenocarcinoma colorretal. Material e métodos: Pesquisa bibliográfica nas bases Pubmed e Scielo, com os descritores: “familial adenomatous polyposis” e “colorectal neoplasms”. Foram utilizados: Robbins Patologia Básica 9ª Ed.; Junqueira e Carneiro Histologia Básica 13ª Ed. Resultados: O intestino grosso possui mucosa de tecido epitelial simples cilíndrico com células caliciformes e criptas de Lieberküng, lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo e muscular da mucosa. A submucosa contém tecido conjuntivo denso e plexo de Meissner. A muscular própria possui duas subcamadas musculares lisas: circular interna, longitudinal externa, e plexo de Auerbach. Por fim, a serosa/adventícia possui tecido conjuntivo frouxo e adiposo. A PAF é uma doença autossômica dominante caracterizada pelo desenvolvimento de adenomas entéricos. Ela resulta da mutação no supressor tumoral adenomatous polyposis coli, responsável pela estabilidade genômica e apoptose. Se não tratados precocemente, 100% dos pacientes acometidos desenvolverá câncer colorretal. Na forma clássica, apresenta inúmeros adenomas, que evoluem para câncer rapidamente. Na atenuada, há menos adenomas, menor agressividade e progressão lenta. Estruturalmente, os adenomas são tubulares, vilosos ou túbulo-vilosos, classificação essencial para conhecimento do potencial maligno. A displasia epitelial de baixo grau nos adenomas possui núcleos alongados e pseudoestratificados, com pequenos nucléolos, enquanto a de alto grau apresenta núcleos redondos, estratificação e nucléolo proeminente. No cólon proximal, os adenocarcinomas são polipóides e exofíticos, raramente causando obstrução. Já no distal, são lesões anulares com estreitamento luminal e oclusão. Clinicamente, no cólon direito ocorre anemia ferropriva e no esquerdo sangramento oculto, alterações intestinais e cólicas. Microscopicamente, os adenocarcinomas bem diferenciados possuem células colunares altas, semelhantes aos adenomas, com componente invasivo causador de resposta desmoplásica, ocasionando consistência firme. Os pouco diferenciados formam glândulas e produzem mucina. Ainda, estas neoplasias podem apresentar diferenciação neuroendócrina. Conclusão: As características da PAF explicam sua correlação com o desenvolvimento de carcinomas colorretais. Assim, destaca-se a importância do estudo histopatológico, facilitando a compreensão evolutiva adenomas-câncer neste grupo populacional.
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