PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DIABETES MELLITUS NO BRASIL

Resumo

Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome de múltipla etiologia, decorrente da ausência de insulina e/ou na sua incapacidade de promover a entrada de glicose para as células do organismo, levando ao acúmulo de glicose no sangue, denominado hiperglicemia e, ocasionando, a resistência insulínica. A Organização Mundial de Saúde apontou que 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes e a taxa de incidência da doença cresceu 61,8% nos últimos dez anos, caracterizando a doença como um grave problema de saúde pública, pois suas complicações são responsáveis por afastamento precoce do trabalho, além de ser uma das principais causas de morte no país. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico da diabetes mellitus no Brasil. Material e Métodos: Pesquisa quantitativa, transversal, retrospectiva sobre o perfil epidemiológico da população brasileira acometida pela DM. A coleta de informações foi realizada no mês de agosto de 2021, nas bases de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) por meio da  plataforma online TABNET. Para classificação da morbidade foi considerado o CID-10 listando a doença diabetes Mellitus. Resultados: Em 2020, o Brasil ocupou a quinta posição entre os países com maior número de pessoas diabéticas, registrou um aumento de 31% no número de casos da doença nos últimos dois anos. Em 2021, o número de morbidade hospitalar pela diabetes mellitus, corresponde a 12.054.827 com 8.468 casos de internação e taxa de mortalidade de 5,49% sendo 4,94 do sexo masculino e 6,11% do sexo feminino, com predominância entre as faixas etárias de 20 a 80 anos. A região sudeste, tem o maior número de internações e taxa de mortalidade pela doença, constando 3.274 internações e a taxa de mortalidade de 6,08%. Conclusão: A diabetes Mellitus é uma  doença grave, silenciosa que acomete a população de todas as idades, com altas taxas de mortalidade. Estudos epidemiológicos são importantes para verificar a gravidade, prevalência da doença e dar visibilidade, tanto aos cidadãos quanto aos gestores de saúde para a necessidade da continuidade do cuidado e criação de políticas públicas para determinar ações de promoção da saúde e prevenção da doença