A ASSOCIAÇÃO DE EVENTOS TROMBÓTICOS EM PACIENTES GESTANTES INFECTADAS PELO SARS-COV-2 E SUAS COMPLICAÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2236Palavras-chave:
CORONAVÍRUS, COVID-19, GESTANTES, PREVENÇÃO, TROMBOSEResumo
Introdução: A infecção pelo Sars-Cov-2, causador da COVID-19, durante a gestação está intrinsicamente associada a um maior risco de complicações trombóticas, uma vez que o vírus e a própria fisiologia da gestação são responsáveis por causar alterações hematológicas relacionadas principalmente a um estado de hipercoagulabilidade. Apesar da gestação não ser por si só uma condição para contaminação, uma vez infectadas, as gestantes tendem a um pior prognóstico quando comparadas com pessoas do mesmo sexo e idade. Por isso, medidas preventivas, como a higienização das mãos e, principalmente o isolamento e distanciamento social, são ações de forte recomendação nestes casos. Objetivos: Discorrer sobre a relação de distúrbios hematológicos em gestantes infectadas pelo Sars-CoV-2. Material e métodos: Para atingir o objetivo proposto, realizou-se uma revisão integrativa, de caráter exploratória e descritiva, executada mediante a investigação das bases de dados: Scielo, Sciente Direct e PubMed. Tal revisão buscou, por meio de artigos científicos, compreender a ligação dos mecanismos de formação de trombos, da cascata de coagulação e o seu desfecho em gestantes infectadas pela COVID-19. Resultados: Durante a gestação o próprio corpo se adapta para possíveis eventos hemorrágicos durante o parto, criando esse estado de hipercoagulabilidade. Gestantes infectadas pela COVID-19, por sua vez, apresentam um somatório que agrava o risco de eventos trombóticos, devido ao exponencial aumento de dímero-D em sua circulação sanguínea. Na tentativa do organismo de combater o vírus, há de grande liberação de citocinas, lesionando os vasos sanguíneos e ativando a cascata de coagulação. Com isso, há ativação de grande quantidade de fibrina e, consequentemente, da via responsável por degradar essa proteína, aumentando os níveis de D-dímero circulantes, aumentando assim o risco de coagulação intravascular e trombose venosa. Conclusão: Juntos, a infecção pelo Sars-CoV-2 e o quadro gestacional, geram um estado de hipercoagulabilidade intrínseca e hiperinflamatório afetando a cascata de coagulação, contribuindo assim para o desenvolvimento de coagulopatias, como a trombose venosa. Com isso, torna-se evidente a necessidade da elaboração e reforço de medidas de prevenção contra a infecção pela COVID-19 para esta população.
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