ABORDAGEM DIAGNÓSTICA LABORATORIAL NA LEISHMANIOSE

Autores

  • Artur Bruno Silva Gomes
  • Felipe Jatobá Nonato de Sá
  • Juliana Matos Ferreira Bernardo
  • Carlos Daniel Passos Lobo

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/751

Palavras-chave:

Leishmaniose, Diagnóstico, PCR

Resumo

Introdução: Antropozoonose causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania é transmitida pela picada de flebotomíneos. O espectro das manifestações clínicas varia de úlcera cutânea autolimitada, à doença mucocutânea e às apresentações sistêmicas. Assim, a abordagem diagnóstica é precedida pela clínica e história epidemiológica, e a evidência do parasita obtida por esfregaço da lesão, biópsia e testes imunológicos. Objetivo: Elucidar os métodos diagnósticos para leishmaniose. Material e Métodos: Revisão bibliográfica integrativa, realizada no portal eletrônico PUBMED. Utilizou-se como estratégia de busca os descritores: “leishmaniasis” “laboratory diagnosis” “PCR”, combinado pelo operador booleano AND. Como critério de inclusão, elegeram-se filtros de versão 5 anos, trabalhos em modelos humanos e sem restrição linguística, enquanto critério de exclusão, descartaram-se artigos que não abrangeram o recorte de análise. As pesquisas retornaram 145 resultados, após interpretação dos títulos e resumos, selecionaram-se 16 trabalhos. Resultados: Exames laboratoriais classificam-se em parasitológico, biópsia e imunológico. O primeiro, é evidenciado mediante a coleta de material de úlcera ou aspiração de nódulo flutuante mais coloração específica, em que se pesquisa a forma amastigota em esfregaço. A biópsia por imprint de fragmentos de tecido, conduzidos para análise histopatológica, evidenciam os parasitas em macrófagos e infiltrado celular, por vezes, associada à imunohistoquímica. Em seguida, os imunológicos divididos em intradermorreação de montenegro, um teste intradérmico, o qual é positivo em doença ativa e após a cura; sorologia por imunofluorescência, realizada no soro do paciente e o ensaio imunoenzimático. A nova perspectiva ao diagnóstico da leishmaniose, a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) amplifica seletivamente o DNA, permitindo detectar, quantificar e identificar as espécies do parasita, melhorando o diagnóstico molecular. Apresenta versatilidade, tendo em vista a realização em amplas amostras clínicas, assim como não possibilita reações cruzadas ou fornece resultado negativo nas primeiras semanas de infecção como nos métodos imunológicos, além de não ser invasiva tal qual a biópsia. Conclusão: PCR coloca-se como nova abordagem, pois mesmo que apresente alto custo, demonstra maior especificidade e sensibilidade entre os estudos. Além disso, proporciona monitoramento terapêutico e estudos epidemiológicos, no intuito de esclarecer a função de genes, favorecendo aprimoramento e eficiência do método, tal como o diagnóstico precoce.

Publicado

2021-03-01

Como Citar

Gomes, A. B. S., Sá, . F. J. N. de, Bernardo, . J. M. F., & Lobo, C. D. P. (2021). ABORDAGEM DIAGNÓSTICA LABORATORIAL NA LEISHMANIOSE. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 33. https://doi.org/10.51161/rems/751

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line

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