RELEVÂNCIA DA LEISHMANIOSE EM FELINOS: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Andressa de Moura Souza
  • Ana Christina Silva Batista
  • Anne Valéria Costa Alves
  • Gabriela Campos De Souza Costa

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1870

Palavras-chave:

DOENÇA, LEISHMANIA, LESÃO CUTÂNEA, ZOONOSE

Resumo

Introdução: A leishmaniose felina é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por flebotomíneos do gênero Lutzomyia, conhecido como “mosquito-palha”, sendo uma doença em que lesões cutâneas predominam no quadro clínico. Os gatos são infectados pelas mesmas espécies de Leishmania que os cães, no entanto, a prevalência da infecção é menor e casos são relatados com menos frequência. Estudos comprovaram a transmissibilidade dos parasitas de felinos a um vetor, indicando que os gatos podem desempenhar o papel de reservatórios domésticos da doença ao invés de somente um hospedeiro acidental. O diagnóstico é estabelecido através de sorologia, reação em cadeia da polimerase (PCR), citologia, histologia, imunohistoquímica (IHC) ou cultura. Objetivos: realizar revisão de literatura a respeito da leishmaniose como doença grave e de caráter zoonótico que pode afetar felinos. Material e métodos: Estudo do tipo revisão de literatura, cuja pesquisa foi realizada com base de dados do Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, Repositório Institucional UNESP, National Library of Medicine (PubMed) e Revista Cães&Gatos. Resultados e discussão: O gato pode ser assintomático ou não, sendo a doença sintomática generalizada e de curso crônico, com sinais de gengivite-estomatite, hiporexia, uveíte, aumento dos linfonodos (principalmente poplíteos), geralmente associada com a imunossupressão do animal, como no caso das retroviroses e caliciviroses felinas, FIV e FeLV. Há estudos que não demonstraram eficácia nos testes sorológicos de ELISA e RIFI como ocorre em cães, mas o PCR foi positivo para Leishmania com baixa titulação de anticorpos. Na técnica de punção aspirativa por agulha fina (PAAF) o órgão de eleição é o linfonodo poplíteo, onde é possível observar formas amastigotas de Leishmania spp. Conclusão: é necessário levar em consideração a Leishmaniose em gatos com sintomas gerais durante os exames, não subestimando a doença, principalmente em áreas endêmicas. Por ser uma doença zoonótica, torna-se de extrema importância o conhecimento da doença nessa espécie, a fim de realizar o rápido diagnóstico, assim como medidas profiláticas, visto que são animais que possuem contato próximo aos humanos, que também podem se infectar.

Publicado

2021-09-03

Como Citar

Souza, A. de M., Batista, A. C. S. ., Alves, A. V. C. ., & Costa, G. C. D. S. (2021). RELEVÂNCIA DA LEISHMANIOSE EM FELINOS: REVISÃO DE LITERATURA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(3), 51. https://doi.org/10.51161/rems/1870

Edição

Seção

I Congresso On-line Nacional de Clínica Veterinária de Pequenos Animais