ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE CASCA DE NOZ PECÃ EM CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE MASTITE BOVINA

Autores

  • Carla Munique Aparecida Garda
  • Vitoria Karolini Betim Fieldkircher Caus
  • Naiara Vitoria Ferreira Cortes Koprovski
  • Eduarda Carolina Scherer Hagemann
  • Dalila Moter Benvegnú

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1196

Palavras-chave:

ANTIMICROBIANOS NATURAIS, CARYA ILLINOINENSIS, GRAM POSITIVAS, MASTITE, RESISTÊNCIA MICROBIANA

Resumo

Introdução: A mastite bovina, caracterizada pela inflamação da glândula mamária é um dos principais problemas que afeta a bovinocultura leiteira, cujo tratamento costuma ser realizado através da utilização de antibióticos, os quais podem acarretar riscos à saúde pública, considerando que nenhuma tecnologia é capaz de eliminar os resíduos presentes nos alimentos. O agente Staphylococcus aureus, um dos principais causadores dessa afecção, apresenta resistência significativa aos antibióticos convencionais. Assim, faz-se necessárias novas abordagens terapêuticas, nesse sentido, a fitoterapia tem se destacado. Entre as diversas espécies que têm sido estudadas, encontra-se a noz pecã. Estudos que buscam avaliar o efeito antimicrobiano da noz pecã têm instigado a comunidade científica na busca por resultados promissores. Objetivo: avaliar o potencial antibacteriano do extrato hidroalcoólico da casca de noz pecã sobre 25 cepas de S. aureus isoladas de casos de mastite bovina. Material e métodos: o extrato hidroalcoólico (1:1) foi obtido em uma concentração de 20%, utilizando um extrator Soxhlet. Para a avaliação antimicrobiana dos extratos, a técnica empregada foi a Concentração Inibitória Mínima (CIM), determinada pela técnica de microdiluição seriada, em microplacas (96 orifícios), sendo que no poço inicial, o conteúdo era de: 34,5 μl de extrato + 195 μl  de caldo + 10 μl de inóculo. Os testes foram realizados em triplicatas e uma linha da microplaca foi destinada aos controles. A CIM foi avaliada pela leitura de absorbância em 605 nm no equipamento Elisa Multiskan FC (Thermo Scientific) e realizada a confirmação com revelador Resazurina. A determinação da concentração bactericida mínima (CBM) foi realizada em placas com meio ágar Mueller-Hinton. Resultados: Verificou-se que o extrato apresentou resultados de CIM e CBM correspondentes para todas as cepas, sendo que em 96% (n=24) na concentração de 15% de extrato, e em 4% das cepas (n=1) na concentração de 7.5% de extrato. Conclusão: Os resultados indicaram que o extrato hidroalcoólico exerceu efeito antimicrobiano sobre as cepas testadas. Assim, tendo em vista o efeito promissor da casca de noz pecã, espera-se que os achados possam instigar o desenvolvimento de novos estudos acerca do mecanismo de ação dessa substância no tratamento da mastite bovina.

Publicado

2021-06-12

Como Citar

Garda, C. M. A. ., Caus, V. K. B. F., Koprovski, N. V. F. C. ., Hagemann, E. C. S., & Benvegnú, D. M. (2021). ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE CASCA DE NOZ PECÃ EM CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE MASTITE BOVINA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 39. https://doi.org/10.51161/rems/1196

Edição

Seção

Anais do I Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-Line

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