AÇÃO ANTIMICROBIANA DE ÓLEOS DE SEMENTES FRENTE A CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1199Palavras-chave:
FITOTERAPIA, SAÚDE ÚNICA, RESISTÊNCIA MICROBIANAResumo
Introdução: O crescente aumento da resistência bacteriana frente a múltiplas drogas se deve ao uso indiscriminado de antibióticos e tem causado preocupações quanto ao tratamento de doenças infecciosas em humanos e animais. Neste sentido, uma das bactérias que merece destaque, por conta de sua resistência a antibióticos, ampla incidência e alto potencial de contágio entre humanos e animais é o Staphylococcus aureus. Diante disso, buscam-se alternativas para o tratamento de doenças de origem infecciosa, as quais sejam eficazes, porém sem aumentar a resistência bacteriana. Deste modo, os óleos vegetais são um exemplo viável, tendo em vista sua disponibilidade, baixo preço e presença de compostos bioativos com efeitos antimicrobianos que não induzem resistência bacteriana. Objetivo: realizar uma revisão da literatura acerca de óleos obtidos a partir de sementes e sua ação antimicrobiana frente a S. aureus. Método: Foi realizada uma revisão da literatura por meio do banco de dados Scholar Google, no qual foram selecionados trabalhos entre os anos de 2011 e 2021 com um nº de 31, cujas palavras-chave utilizadas foram: "seed oil", "antimicrobial" e "S. aureus". Resultados: Os métodos mais utilizados para avaliação da atividade antimicrobiana foram Difusão em poço, Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima. Os óleos encontrados foram os da semente de Azadirachta indica, Laurus nobilis, Linum usitatissimum, Citrus sinensis, Mangifera indica, Capsicum frutescens, Capsicum frutescens, Cucurbita moschata, Syagrus coronata, Cucurbita argyrosperma, Hypericum scabrum, entre outros. Em todos os estudos foram verificados efeitos antimicrobianos frente a S. aureus, inclusive alguns relataram tal efeito em cepas resistentes à Meticilina (MRSA), como é o caso dos óleos de Nigella sativa, Myristica fragrans e Syagrus coronata. Além disso, esses efeitos foram atribuídos ao teor de ácidos graxos encontrados nos óleos, compostos esses capazes de interferir na membrana celular bacteriana degenerando-a. Alguns estudos ainda relataram que a atividade antibacteriana dos óleos depende da correlação com a concentração dos principais compostos ativos, indicando a necessidade de isolamento dos mesmos. Conclusão: Os óleos obtidos a partir de sementes demonstram efeitos antimicrobianos apreciáveis e, portanto, estudos farmacológicos são necessários para um melhor entendimento acerca de seu mecanismo de ação.
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