FLEBITE DE MONDOR

Authors

  • Paula Chaves Barbosa
  • Marina Rocha Assis
  • Renata Cristina Taveira Azevedo
  • André Almeida Brito
  • Gustavo Henrique de Melo da Silva

Keywords:

carcinoma mamário, cordão fibroso, esclerose do vaso, tumoração filiforme

Abstract

Introdução: A tromboflebite de Mondor é caracterizada pelo acometimento das zonas subdérmicas venosas sendo a torácica, abdominal e dos membros as mais acometidas. Incide entre 25-50 anos, prevalecendo no sexo feminino e exibe uma tumoração filiforme aderida ao tecido celular subcutâneo e à pele, desvinculando-se de síndromes paraneoplásicas. O diagnóstico é clínico e as manifestações são variáveis estando relacionadas ao comprometimento vascular. Possui terapêutica sintomática. Objetivo: Identificar as principais características da patologia, analisando publicações literárias referentes à Flebite de Mondor. Material e métodos: Pesquisa realizada através de revisão narrativa de artigos publicados em revistas da área de ciências da saúde. Iniciou-se a busca no site de Descritores em Ciências da Saúde (DESC) e em banco de dados científicos como: Site de Assuntos Médicos - PUBMESH; Livraria Científica Online – SCIELO e Biblioteca Virtual de Saúde – BIREME. O período amostral compreende obras publicadas entre 1955 e 2008. Resultado: A doença de Mondor foi descrita primeiramente em 1939 por Henri Mondor, como uma “angiite subcutânea”. Caracteriza-se pela presença de cordão fibroso e espesso gerado pela formação de um trombo e esclerose do vaso afetado. Atinge preferencialmente a parede ântero-lateral do tórax e abdome, com 10-30 cm de extensão, 2-3 mL de volume e consistência elástica, fibrótica ou cartilaginosa. Acomete principalmente o quadrante superior externo mamário e os vasos que são segmentos da veia toracoepigástrica, veia torácica lateral e veia epigástrica superior. Clinicamente, os principais sintomas são aumento do volume mamário, dor e retração da pele ao nível do vaso trombosado e ao exame físico apresenta massa ou cordão fibroso palpável. O primeiro exame solicitado diante da suspeita é a mamografia, pois descarta a associação de carcinoma mamário presente em 12% dos casos. O principal indicativo de trombos na veia é densidade tubular dilatada, longa e superficial, dando um aspecto de contas de rosário. O tratamento baseia-se no uso de antiinflamatórios locais ou sistêmicos. Conclusão: A doença de Mondor é uma condição benigna, autolimitada e tratada com compressa quente local, antiinflamatórios e analgésicos. Diagnóstico clínico precoce, tratamento adequado e acompanhamento permitem a promoção da saúde e prevenção de agravos ao paciente.

Published

2020-09-01

How to Cite

Barbosa, P. C., Assis, M. R., Azevedo, R. C. T., Brito, A. A., & Silva, G. H. de M. da. (2020). FLEBITE DE MONDOR. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(3), 15. Retrieved from https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/359

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