SARS COV-2 E A SUPLEMENTAÇÃO DA VITAMINA D

Resumo

Introdução: COVID-19 é uma enfermidade causada pelo vírus SARS COV-2. A doença pode ser assintomática, oligossintomática ou sintomática, com acometimentos do trato respiratório, e pode também, culminar em alterações hematológicas. A sintomatologia e a gravidade da doença, por vezes, está relacionada a capacidade do sistema imunológico em reagir a infecção, ou seja, quanto mais enfraquecido esse sistema, maior a probabilidade de sintomatologia e gravidade. Diante isso, ferramentas que fortaleçam a imunidade estão sendo pesquisadas em prol da melhor resolubilidade da pandemia. Assim, estudos sobre a atuação e necessidade da suplementação da vitamina D como prevenção da doença estão em alta. Objetivo: Identificar os embasamentos científicos que refutem a suplementação com colecalciferol, como mecanismo de prevenção contra o SARS COV-2. Material e métodos: Foi realizada um levantamento bibliográfico em bancos de dados como: Biblioteca Nacional de Medicina- PUBMED, THE LANCET, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO). No período amostral de janeiro a maio de 2020. Resultados: Segundo a Associação Brasileira de Harmonização Orofacial (ABRAHOF) e 11 estudos apresentados pela Universidade de Turim, na Itália, são reais os benefícios com suplementação vitamínica no fortalecimento do sistema imunológico para atuarem na síndrome respiratória causada pelo SARS-COV2, e apoiam a suplementação sem colocação de critérios específicos para isso. Entretanto, a SBEM, ABRASSO, SBR, SBD e a SBP enfatizam que não há comprovação cientifica da relação direta entre suplementação vitamínica com o SARS-COV2, e abordam uma suplementação que respeite os níveis séricos ideais de acordo com faixa etária e comorbidades. Dessa forma, a suplementação seria para reestabelecimento da normatização sérica da vitamina D, levando em consideração seus benefícios gerais e não apenas em relação ao COVID-19. Conclusão: Assim, salienta-se que existe a possibilidade da vitamina D atuar como agente imunológico e preventivo contra infecções pulmonares, mas não há comprovação da influência direta na prevenção do COVID-19. Além disso, a suplementação vitamínica inadequada pode resultar em intoxicação aguda e até mesmo em perda óssea por estímulo desregulado da atividade osteoclástica.