EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA A QUALIFICAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: EXPERIÊNCIA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR, MARANHÃO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3337Keywords:
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, EDUCAÇÃO CONTINUADA, FLUXO DE TRABALHOAbstract
Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) foi instituída como política pública em 2004, no sentido de estimular a construção de conhecimentos a partir do pensamento crítico sobre problemas vivenciados pelos profissionais no cotidiano de trabalho. Objetivo: Descrever a implantação da EPS em uma Unidade de Saúde da Família. Material e métodos: Método descritivo do tipo relato de experiência, sobre a vivência da equipe da USF São José dos Índios, responsável por um território da área urbana de São José de Ribamar, município que compõe a região metropolitana de São Luís, Maranhão, em 2021. Resultados: O primeiro encontro de EPS foi em fevereiro de 2021. Para o primeiro momento foi utilizada a metodologia da problematização com objetivo de fomentar a compreensão sobre a EPS e sua aplicabilidade na Atenção Primária à Saúde. Participaram: 01 médica, 01 ACS, 01 técnica em enfermagem, 01 dentista, 01 auxiliar em saúde bucal e 01 enfermeira que conduziu o processo. Iniciou-se com a questão: o que você entente por EPS? e todos apresentaram seus entendimentos, defendendo que já realizavam EPS. Identificou-se confusão no conceito da EPS. Em seguida, utilizou-se um percurso pedagógico: em três grupos, cada grupo escreveu sobre Educação Continuada, Educação Permanente ou Educação em Saúde; ao percorrer nos demais temas, contribuíram. Após giro nos temas, retornaram à posição de origem e apresentaram seu conceito complementado pelos colegas. Persistiu confusão nos conceitos. Em seguida, realizou-se leitura e discussão de texto e sistematização pela enfermeira. Ao final, o grupo revisitou os painéis, alinhou conceitos, assumiu que a EPS não era implementada conforme foi aprendido. Foi realizado o diagnóstico dos problemas do cotidiano: Todos escreveram problemas em tarjetas e apresentou ao grupo. Analisou-se coletivamente cada problema, suas causas e consequências, agrupando-os em núcleos de sentido, elencando governabilidade e urgência para a solução. Ao final, elegeu-se frentes de trabalho para o enfrentamento e temas para os próximos encontros de EPS que passaram a ocorrer semanalmente, em horário previamente definido e protegido. Conclusão: Compreender a proposta da EPS e reconhecer o seu papel para a transformação da realidade é fundamental para que essa estratégia seja incorporada no cotidiano das equipes.
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