EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA A REORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19

Autores

  • Ellen Rose Sousa Santos
  • Lavinya Maria Andrade Pinto
  • Marlice Sousa de Assis

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/3336

Palavras-chave:

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, EDUCAÇÃO CONTINUADA, FLUXO DE TRABALHO

Resumo

Introdução: Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma estratégia político-pedagógica para reorientação das práticas a partir da reflexão crítica sobre o cotidiano do trabalho. Nessa lógica, incluir o perfil epidemiológico nesse processo de reflexão é primordial para o desenvolvimento de um fazer coerente com as necessidades do território. Nesse contexto, a pandemia da COVID-19 trouxe inúmeros desafios aos profissionais, especialmente na Atenção Primária. Além de reorientar práticas e ajustar fluxos, precisou-se incluir ações que correspondessem às novas demandas de saúde. Objetivo: Descrever a experiência da EPS no processo de ajustes no trabalho e fluxos para o atendimento às demandas por síndromes gripais em uma Unidade de Saúde da Família em 2021. Material e métodos: Método descritivo do tipo relato de experiência, sobre a vivência da eSF São José dos Índios, responsável por um território da área urbana de São José de Ribamar, município da região metropolitana de São Luís, Maranhão, no ano de 2021. Resultados: A EPS foi implantada na USF em fevereiro de 2021. No primeiro encontro, realizou-se o diagnóstico dos problemas do cotidiano de trabalho, que foram revisitados a cada encontro, semanalmente, em horário protegido. Problemas relacionados com a COVID-19 eram mais intensamente levantados quando a situação epidemiológica piorava. Em 2021, o Maranhão iniciou 2021 com 200.938 casos e 4.500 óbitos, sendo abril a junho os meses mais intensos, chegando a 49 óbitos/dia. Nesse cenário, foram elaborados novos fluxos e processos: remanejamento de pessoal e frentes de trabalho para o atendimento da demanda por síndromes gripais; redução da oferta de consultas programadas e aumento de vagas para o atendimento da demanda espontânea; oferta de testes rápidos COVID-19 e monitoramento dos casos pelo ACS; aumento do intervalo da consulta pré-natal com o profissional médico e aumento dos atendimentos de enfermagem, sem prejuízo no calendário de consultas. Conclusão: A reorientação dos fluxos e processos de trabalho é necessário a medida que novas demandas se apresentam no cotidiano do trabalho. Nesse cenário, a EPS é uma estratégia potente para auxiliar os profissionais na tomada de decisões coletivas sobre as transformações necessárias para garantir a efetividade das ações e qualidade da atenção à saúde.

Publicado

2022-03-16

Como Citar

Santos, E. R. S. ., Pinto, L. M. A. ., & Assis, M. S. de . (2022). EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA A REORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(4), 388. https://doi.org/10.51161/rems/3336

Edição

Seção

I Congresso Brasileiro de Saúde Pública On-line: Uma abordagem Multiprofissional