O CONSUMO DE ÁLCOOL DURANTE A GESTAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO DO SISTEMA NERVOSO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3224Palavras-chave:
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO, TERATOGÊNESE, SÍNDROME DO ALCOOLISMO FETALResumo
Introdução: Certamente, são inúmeras as consequências provenientes do consumo de álcool para o organismo humano. Na gestação, envolve danos ao desenvolvimento do embrião, devido à facilidade com que o etanol atravessa a barreira placentária, alcançando o líquido amniótico e influenciado no crescimento dos órgãos e tecidos (principalmente pela baixa concentração da enzima álcool-desidrogenase, responsável pela metabolização do álcool). Assim, o Sistema Nervoso é um dos alvos do consumo desta droga, em um contexto de maior liberação de radicais livres que induz estresse oxidativo, danificando proteínas, mitocôndrias e lipídios importantes na formação e manutenção de células nervosas. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura acerca da teratogenia do consumo de álcool no período da gestação e as complicações no desenvolvimento embriológico do sistema nervoso. Material e métodos: Foram buscados artigos no Google Acadêmico. Utilizaram-se os descritores: “Desenvolvimento do sistema nervoso” e “Alcoolismo na gestação”. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis na íntegra, no idioma português, entre os anos de 2016 e 2021 que abordavam de forma sistemática o objetivo do trabalho. Resultados: Os estudos realizados evidenciaram um processo neurodegenerativo provocado pela toxicidade da presença do álcool no desenvolvimento embrionário. Dentre os problemas identificados, utiliza-se o termo Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF), sendo uma de suas anomalias frequentes a agenesia do corpo caloso (estrutura responsável pela comunicação entre os hemisférios cerebrais). Nesse contexto, durante o primeiro trimestre de gestação, o ácido retinoico é importante para guiar os padrões de crescimento do embrião, sendo que a sua inibição pela exposição a substâncias alcoólicas determina significativas alterações na organogênese, incluindo nas células formadoras da crista neural. Conclusão: O consumo indiscriminado de drogas lícitas é uma realidade crescente na população feminina. Assim, a falta de conscientização viabiliza essa prática durante a gravidez, gerando consequências no desenvolvimento morfofisiológico do embrião, sendo o sistema nervoso um dos principais prejudicados. Os efeitos, portanto, podem ser observados na incidência de doenças como microcefalia, distúrbios de comportamento e dificuldades motoras. Dessa forma, é essencial a orientação das gestantes acerca da prevenção e cuidados necessários para que o desenvolvimento do embrião não sofra por ação de fatores exógenos como o alcoolismo.
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