ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS ENTRE OS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE

Autores

  • Bruno Morais Kos Centro Universitário Santo Agostinho
  • Jairelda Sousa Rodirgues Centro Universitário Santo Agostinho

Palavras-chave:

DATASUS, Epidemiologia, Animais peçonhentos, Nordeste

Resumo

Introdução: Anualmente ocorrem milhares de notificações envolvendo acidentes por animais peçonhentos, sendo um importante problema de saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais do planeta. Entre os animais venenosos de importância médica, as serpentes, as aranhas e os escorpiões são os responsáveis pela ocorrência da maioria dos acidentes, provocando muitas vezes graves intoxicações ou até a morte. Objetivo: Desta forma, o presente estudo teve como objetivo descrever os aspectos epidemiológico dos acidentes provocados por animais peçonhentos ocorridos na região Nordeste do Brasil entre 2014 a 2017. Material e Métodos: Para isto, foi realizada uma avaliação retrospectiva em um período de três anos (2014 a 2017). As áreas de estudo foram os 9 Estados da região e a fonte de dados utilizada foram os casos confirmados de acidentes por animais peçonhentos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pelo site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), utilizando-se as variáveis tipo de acidente, sexo, faixa-etária e evolução dos casos. Os valores estatísticos encontrados foram tabulados no TABNET e transferidos para planilhas do Microsoft Excel para realização dos cálculos de média, moda e letalidade de óbitos pelo agravo notificado. Resultados: Dos 242.448 registros no período em estudo, o estado da Bahia apresentou o maior número de casos registrados (64.374 casos/ano), enquanto Sergipe apresentou o menor (6.132 casos/ano), sendo a maioria causado por escorpiões 176.821 (72,93%), seguido por serpentes 27.251 (11,24%), abelhas 16.616 (6,85%), aranhas 6.220 (2,57%), lagartas 1.614 (0,67%) e outros 13.926 (5,74%), com predominância em zonas urbanas. Entre os acidentados, a faixa etária de 20 a 39 anos 79.994 (33%) e o sexo feminino 125.158 (51,62%) foram os mais acometidos. A taxa de letalidade foi de 367 (0,15%), sendo 164 causados por escorpiões; óbitos por outra causa foram 37 (0,02%), em branco 24.956 (10,29%) e o restante 217.088 (89,54%) com evolução clínica para cura. O tempo médio entre a picada e o atendimento foi entre 0-3 horas para 161.450 (66,59%) dos pacientes. Conclusão: Desta forma, a região Nordeste registrou números importantes de acidentes provocados por animais peçonhentos e a vigilância epidemiológica torna-se essencial na construção de estratégias em saúde para controle desse agravo.

Publicado

2020-04-01

Como Citar

Morais Kos, B., & Sousa Rodirgues, J. . (2020). ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS ENTRE OS ESTADOS DA REGIÃO NORDESTE. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(1), 11. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/96