AMOSTRA FECAL COMO ESPÉCIME DIAGNÓSTICA PARA A COVID-19 E O RISCO DE CONTAMINAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS DAS ANÁLISES CLÍNICAS

Autores

  • Anderson Avelino Jesus
  • Felicson Leonardo Oliveira Lima
  • Alanna Evangelista Santos
  • Bruna Rayanne Viana Brito

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/752

Palavras-chave:

COVID-19, Fecal-oral, SARS-CoV-2

Resumo

Introdução: A infecção do vírus SARS-CoV-2 está progressivamente sendo objeto de estudo para que haja principalmente, a elaboração de métodos analíticos para a sua detecção, além da interrupção dos meios de contágio. A reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) tem sido o padrão para o diagnóstico, sob uso de amostras da orofaringe e nasofaringe. Em contrapartida, pesquisas estão sendo realizadas com amostras advindas de outros excrementos, como as fezes ou técnicas utilizando o swab retal. A presença de fezes na rotina de laboratório expõem os profissionais ao risco, com o manuseio de amostras para a análise, visto que o hospedeiro susceptível, pode por via oral, entrar em contato com amostras contaminadas. Objetivo: Relatar a possibilidade de contaminação pelo SARS-CoV-2, ao âmbito laboratorial, a partir do manuseio de amostras fecais de pacientes infectados. Material e métodos: Trata-se de um estudo bibliográfico com abordagem descritiva e qualitativa, onde foram levantados materiais com abordagens destinadas ao título e objetivo propostos, mediante análise nas plataformas: SciELO e ScienceDirect. Resultados: Em um estudo realizado por Michelon e Piccinini (2020), 369 pacientes de uma população, dentre eles, sintomáticos e assintomáticos, foram submetidos a testagens de RT-PCR com amostras da nasofaringe e fezes. Em um total de 53,6% (198) foi detectada a presença do RNA viral nas amostras fecais em pelo menos uma amostra. Deste grupo, 52,5% (104) elucidaram negatividade na RT-PCR de material nasofaríngico, enquanto as amostras fecais reagiram positivamente uma porcentagem menor, para a mesma população investigada demonstrou positividade pela amostra nasofaríngea, o que explana a possibilidade do vírus está contido nas fezes. Além de afirmar esse importante fato, de que as amostras de fezes podem ser úteis para o diagnóstico da COVID-19, expõe-se o real perigo de contágio vivido pelos profissionais que manuseiam esse espécime. Conclusão: Conclusão: Diante do exposto, pode-se afirmar a presença do vírus SARS-CoV-2 contido nas amostras de fezes, além de apontar a RT-PCR fecal como uma opção de grande sensibilidade e especificidade. Entretanto, melhores investigações sobre a possibilidade de contágio para profissionais que a manuseiam precisam ser realizadas, além do estudo sobre possível transmissão fecal-oral.

Publicado

2021-03-01

Como Citar

Jesus, A. A., Lima, F. L. O., Santos, A. E., & Brito, B. R. V. (2021). AMOSTRA FECAL COMO ESPÉCIME DIAGNÓSTICA PARA A COVID-19 E O RISCO DE CONTAMINAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS DAS ANÁLISES CLÍNICAS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 75. https://doi.org/10.51161/rems/752

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line

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