ESTUDO HISTOPATOLÓGICO EM CAMUNDONGOS INFECTADOS E TRATADOS COM CEPAS DO TRYPANOSOMA CRUZI SUSCETÍVEIS E RESISTENTES AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/738Palavras-chave:
T. cruzi, Patogenicidade, Alterações histológicas, susceptibilidade/resistênciaResumo
Introdução: Estudos multicêntricos clínicos e experimentais, envolvendo cepas e clones de Trypanosoma cruzi das mais diversas áreas geográficas, têm revelados dados importantes sobre o comportamento biológico: parasitemia, mortalidade, virulência, patogenicidade, parasitismo e histotropismo. Objetivo: investigar a ação do tratamento com o Benzonidazol sobre o comportamento biológico das cepas T. cruzi, através das lesões histopatológicas na fase aguada e crônica em camundongos infectados com a cepa suscetível (Y) e resistente (Colombiana). Material e métodos: Foram utilizados 100 camundongos, subdivididos em grupos experimentais: Infectados tratados cepa Y (YT) e não tratados (Y-NT); Colombiana tratados (COL-T) e não tratados (COL-NT). O inóculo foi de 1,0 x 104 por via intraperitoneal. Os procedimentos experimentais estiveram de acordo ao protocolo CEUA, 013/09. O tratamento foi iniciado no pico parasitêmico de cada cepa, sendo no 7º dia após a infecção nos animais infectados pela cepa Y e no 18º com os da cepa Colombiana. A quimioterapia foi realizada em 60 doses (100mg/kg/dia de Benz). Os camundongos sacrificados na fase aguda e crônica em todos os grupos tiveram as secções de coração e músculo esquelético coletadas, fixadas e processadas para o estudo histopatológico em secções coradas pela Hematoxilina & Eosina e Picro-Sirius. Resultados: Nossos resultados revelaram pela análise dos infiltrados inflamatórios no miocárdio e músculo esquelético, lesões mais extensas no grupo COL-NT em relação a todos os grupos analisados (COL-T, YT), dados confirmados na morfometria. Os animais não tratados e infectados com a cepa Y, não resistiram à alta virulência, vindo a morrerem no100 dia após infecção. As análises realizadas na fase crônica nos animais infectados com cepa Colombiana demonstraram lesões fibróticas mais extensas tanto no músculo esquelético como no miocárdio pelo Picro-sirius. Conclusão: Os resultados confirmam que as cepas resistentes ao tratamento com Benzonidazol, são capazes de continuarem provocando danos teciduais extensos tanto miocárdio como no musculo esquelético, mesmo após o tratamento.
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