AGRAVOS ASSOCIADOS À PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE CHAGAS EM SUA FASE CRÔNICA, UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/725Palavras-chave:
Agravos, Doença de Chagas, Fase crônicaResumo
Introdução: A doença de Chagas ou tripanossomíase americana, é uma patologia negligenciada de caráter infeccioso ocasionada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido através de insetos do gênero Triatoma, popularmente conhecido como “Barbeiro”. Apresenta duas fases: fase aguda, na qual o indivíduo pode apresentar sintomas específicos e inespecíficos devido a multiplicação dos parasitas e às reações imunológicas do organismo, além do chagoma de inoculação e sinal de Romaña; já a fase crônica, quando sintomática, ocasiona alterações em diversos órgãos e sistemas, interferindo diretamente na saúde e bem-estar do paciente. Objetivo: Este estudo tem por finalidade analisar os principais agravos ocasionados pela doença de chagas em seus portadores na fase crônica. Material e métodos: Trata-se de um estudo exploratório, realizado através de revisões bibliográficas, utilizando para isso as bases de dados google acadêmico, Scielo, PubMed e LILACS. Foram selecionados 7 artigos e um livro digital, sendo 1 artigo internacional e os demais nacionais. Resultados: As pesquisas denotam como principais agravos presentes na doença de Chagas em sua fase crônica, que possui um tempo indeterminado, complicações associadas ao sistema cardiovascular, digestivo e nervoso, sendo a cardiomegalia, cardiomiopatia, megacolón, hepatoesplenomegalia, destruição neuronal e de fibras nervosas correlacionados a um forte processo inflamatório. Vale ressaltar, que os problemas associados ao sistema cardiovascular são mais frequentes e ocorrem em cerca de 30% dos infectados, resultando em morte súbita ou insuficiência cardíaca progressiva devido a destruição das células musculares cardíacas parasitadas e infiltrado inflamatório mononuclear, simultaneamente, a cardiomiopatia é consequência da infecção persistente pelo parasita que resulta em miocardite fibrosante focal. A realização do diagnóstico nessa fase é mais complicada, devido à baixa parasitemia, além disso, os métodos parasitológicos indiretos utilizados apresentam baixa sensibilidade (20%- 50%), restando apenas os exames sorológicos. Conclusão: Levando em consideração a precariedade das políticas de saúde pública do país e sua não uniformidade associados a dificuldade em diagnosticar a doença de Chagas precocemente e em sua fase crônica, devido a inespecificidade dos sinais e sintomas conclui-se que esses fatores mencionados sejam as principais consequências dos agravos ocasionados pelo T. cruzi, o que torna a Chagas um sério problema de saúde pública.
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