USO DA TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA ENXAQUECA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/649Palavras-chave:
Enxaqueca, Toxina Botulínica, TratamentoResumo
Introdução: A enxaqueca é caracterizada como crises de cefaleia com frequência variada que impacta negativamente nos âmbitos físico, emocional e socioeconômico do indivíduo que a possui. Objetivo: Este trabalho busca entender o mecanismo de ação da toxina botulínica no tratamento profilático da enxaqueca. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas bases Pubmed, SciELO e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar de 2012 a 2019. Resultados: A dor da enxaqueca é proveniente da liberação de neurotransmissores e neuropeptídeos inflamatórios como CGRP, SP e glutamato que estimulam via do nervo trigêmeo pela ativação de receptores e canais iônicos através do cloreto de potássio e capsaicina. A toxina botulínica é capaz de inibir e reduzir a liberação de SP e CGRP respectivamente devido a clivagem da SNAP-25 pela cadeia leve da toxina. Estudos realizados em pacientes diagnosticados com enxaqueca crônica demonstraram redução sérica de CGRP em 1 mês após as aplicações, ou seja, foi possível concluir o efeito anti-nociceptivo da OBOT-A, inibindo a sensibilização periférica e diminuindo a sensibilização central. A dose aplicada irá variar de acordo com a gravidade da cefaleia, sendo recomendada a infiltração bilateral em 31 pontos, podendo chegar a 39 pontos, dos músculos: prócero, corrugador, frontal, temporal, occipital, paraespinal cervical e trapézio, sendo que há diferentes protocolos para administração de OBOT-A com o objetivo de atingir ramos dos nervos trigêmeos e occipital para atenuar a dor crônica. Conclusão: A toxina botulínica é capaz de cessar a sensibilização periférica e central provocada pela enxaqueca. Portanto, é importante quando for atuar na aplicação deste injetável, ter conhecimento do mecanismo de ação e da técnica utilizada para que possam aperfeiçoar as estratégias e auxiliar no tratamento dos portadores desta patologia, tendo em vista que esta condição influencia significativamente na qualidade de vida daqueles que a possuem.
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