ASPECTOS HISTOLÓGICOS DA NEFROTOXICIDADE CAUSADA PELO CONSUMO DE CARAMBOLA EM PESSOAS COM FUNÇÃO RENAL ALTERADA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3222Palavras-chave:
CARAMBOLA, HISTOLOGIA, LESÃO RENALResumo
Introdução: A carambola (Averrhoa carambola) é uma fruta comum em países tropicais, a exemplo do Brasil. Rica em fontes minerais e vitaminas, bem como em caramboxina e ácido oxálico. Esses últimos podem causar efeitos negativos no corpo humano, resultando na deposição de cristais de oxalato nos túbulos renais, com potencial de gerar lesão tubular renal aguda, quando essa fruta é consumida em excesso ou quando há alteração da função renal. Existem 2 tipos de carambola: a azeda, com o teor de oxalato em torno de 7 mg/g; e a doce, na qual a concentração corresponde a 0,4-0,8 mg/g. Objetivo: Compreender o mecanismo pelo qual a carambola ocasiona danos aos túbulos renais do ponto de vista histológico. Metodologia: Revisão de literatura utilizando as bases de dados ScienceDirect e Pubmed. Foram escolhidos os artigos referentes ao intervalo de tempo 2017-2022, nos idiomas português, inglês e espanhol, através dos termos da área de busca: (“lesão renal” OR “acute kidney injury”) AND (carambola OR “fruit star”). Artigos que tangenciassem o tema, não abordando o objetivo de estudo foram excluídos. Resultados e discussão: A literatura encontrada relaciona a ingestão de carambola com lesões renais a partir da formação de cristais de oxalato nesta região. Nos trabalhos analisados observou-se que o consumo dessa fruta em excesso pode acarretar danos à fisiologia renal, majoritariamente a pacientes portadores de alguma patologia pré-existente nos rins, estando estes mais propícios a evoluir para um quadro de doença renal crônica. Na visão histológica, os artigos observados trazem que os cristais de oxalato de cálcio, vistos através da birrefringência sob luz polarizada, quando depositados ocasionam uma reação inflamatória que resulta em edema e fibrose dos túbulos renais, o que prejudica a função renal; podendo, inclusive, evoluir com necrose tecidual. A filtração e a secreção tubular de oxalato causam aumento excessivo na sua concentração local, o que induz a citotoxicidade do tecido dos túbulos renais com perda deste epitélio. Conclusão: Apesar das evidências, mais estudos são necessários para caracterizar o mecanismo fisiopatológico da toxicidade dos componentes da carambola.
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