ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A COINFECÇÃO TUBERCULOSE/HIV NO BRASIL
Palavras-chave:
epidemiologia, HIV tuberculoseResumo
Introdução: A tuberculose é uma das doenças infectocontagiosas mais antigas do mundo, afetando o homem desde a pré-história e representando, ainda hoje, um grande problema de saúde pública mundialmente. É bastante comum em pessoas portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e tem grande interferência na morbimortalidade dessa população, pois, desde o seu surgimento houve uma mudança no perfil clínico e epidemiológico da tuberculose, uma vez que a combinação dessas duas doenças promove agravamento mútuo, acelerando a dupla epidemia. A nível mundial, quando comparados com a população geral, indivíduos que vivem com HIV/aids apresentam risco 26 vezes maior de desenvolver TB ativa, sendo que, no Brasil, esse risco é 28 vezes maior. Objetivo: Analisar as características epidemiológicas de pacientes coinfectados por Tuberculose/Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada a partir de materiais publicados por artigos científicos e livros. Diante disso, foi realizado um levantamento de dados nas bases BVS, SCIELO e LILACS. Através dos estudos, foram selecionados 14 artigos baseados em critérios de inclusão e exclusão. As palavras chave utilizadas foram: tuberculose, epidemiologia e HIV. Os critérios de inclusão foram: publicações com adequação à temática e que foram publicadas a partir de 2007. Os de exclusão: publicações sem adequação à temática e de anos anteriores a 2007. Os artigos encontrados foram selecionados quanto à originalidade e relevância. Resultados: Os dados obtidos demostraram que os casos de coinfecção por Tuberculose/HIV estão bastante presentes em indivíduos vivendo sob baixas condições socio-econôminas. Além disso, a mortalidade de pessoas coinfectadas por tuberculose/HIV é agravada principalmente devido ao diagnóstico tardio da TB, sendo essa a principal causa de morte de portadores do HIV. Outro fator importante citado pelos artigos foi o abandono ao tratamento. Além disso, há predominância no sexo masculino. Conclusão: A desigualdade social e o advento da aids são fatores que agravam bastante a situação atual da tuberculose, configurando-as como importantes problemas de saúde pública. Nesse contexto, sinaliza-se a necessidade de políticas públicas que oportunizem o diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e condições para que os pacientes não abandonem o tratamento.
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