DESAFIOS ÀS AÇÕES DE MATRICIAMENTO VIVENCIADAS POR UMA EQUIPE DE NASF-AB EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3069Palavras-chave:
APOIO MATRICIAL, DESAFIOS, NASF-ABResumo
Introdução: O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), criado em 2008 pela Portaria Ministerial n° 154 de 2008 e originalmente chamado de Núcleo de Apoio à Saúde da Família, nasceu com o intuito de ampliar e qualificar o cuidado prestado na atenção primária. Dentre as suas atribuições está realizar apoio matricial às equipes de saúde da família a que estiverem vinculados, prestando suporte técnico-pedagógico e criando espaços que permitam a discussão de casos, levantamento de demandas e organização de ações que visem abarcar às necessidades da população atendida. Objetivo: Este trabalho se propõe a apresentar as dificuldades enfrentadas por uma equipe de NASF-AB quanto a realização do apoio matricial junto às equipes de saúde da família a ela vinculadas, de modo a contribuir para discussões e diagnósticos situacionais capazes de promover o debate e levar ao planejamento de estratégias resolutivas. Material e Métodos: A equipe do NASF-AB a que este estudo se refere atende a uma demanda referente a seis Unidades de Saúde da Família (USF). As reuniões de matriciamento ocorrem mensalmente em cada USF, com a participação de ao menos dois profissionais do NASF. As pautas são registradas em ata, além de serem produzidos relatórios constando o que foi discutido, que são entregues à Coordenação para conhecimento e providências que se fizerem necessárias. Resultados: Entre os desafios que perpassam as ações de matriciamento do NASF-AB estão a dificuldade de alguns profissionais das equipes de saúde da família em compreender o papel do NASF e o conceito de apoio matricial, o compromisso de estabelecer dias fixos para as reuniões, a baixa participação dos médicos nas reuniões, a falta de resolubilidade pela gestão dos problemas levantados no matriciamento. Conclusão: Estes desafios nos mostram a dificuldade de se distanciar do modelo biomédico curativo e abraçar novas formas de cuidar que se voltam à integralidade e pensam na prevenção de agravos e promoção de saúde como primordiais. Para vencer essa dificuldade é preciso investir em ações de educação permanente e retomar essas questões nas reuniões mensais e em cada momento oportuno.
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