MÉTODOS DE ENSINO DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) PARA ESTUDANTES, PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE E PESSOAS LEIGAS

Resumo

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) tornou-se um grande problema de saúde pública e uma das principais causas de morte no mundo. É uma das principais causas de morte na Europa, afetando cerca de 350.000 a 700.000 indivíduos por ano. Objetivos: identificar, avaliar e sintetizar as evidências científicas sobre os métodos de ensino de Suporte Básico de Vida na formação de profissionais, alunos do ensino superior em saúde, técnicos em saúde e população em geral. Materiais e Métodos: Revisão sistemática da literatura. Resultados: Foram incluídos ensaios clínicos randomizados publicados de 2015 a 2020. Após a análise verificou-se uma grande heterogeneidade nos métodos de treinamento e baixa convergência no que diz respeito às intervenções. Os resultados mostraram os seguintes recursos de treinamento com capacidade de contribuir para melhorar o aprendizado teórico e prático da RCP/SBV, a saber: a apresentação de um breve vídeo de treinamento, uso de manequim de baixo custo, uso de metrônomo para melhorar a taxa de compressão torácica externa, o treinamento com música popular usado como um dispositivo de feedback sonoro, uso de lanterna como mecanismos de feedback visual, estratégias de ensino que envolveram PBL e E-learning, o uso de “auto-interrogatório” e o uso de “Teste mais Reflexão mais Prática”, aplicação de Customer Relationship Management - CRM baseado em computador, “Kit de Instruções + Vídeo + Manequim”. Além de acelerômetro, uso do smartphone, Aprendizado Invertido (Flipped Learning), dispositivo “TrueCPR” e simulação realística em sala de aula/ Classroom. Conclusão: Os dados existentes sobre os métodos de treinamento ideais para SBV ainda são insuficientes. Aumentar o acesso a diferentes modalidades de treinamento oferecem meios alternativos de ensino. Os estudos incluídos nesta revisão sistemática são caracterizados por uma heterogeneidade em termos de suas intervenções e avaliações. Ademais consideramos que os estudos analisados sejam de baixa qualidade metodológica. Desta forma recomendamos a partir destes achados que os estudos futuros sejam desenvolvidos de forma a apresentar maior rigor nos seus delineamentos metodológicos, com vista a melhores desfechos.