A EDUCAÇÃO SEXUAL COMO TABU: OS DESAFIOS PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO E O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/3010Palavras-chave:
EDUCAÇÃO EM SAÚDE, ESCOLA, SEXUALIDADEResumo
Introdução: No século XX, a Educação Sexual (ES) era discutida fundamentalmente pela ótica da epidemiologia e da moral religiosa. Atualmente, acredita-se que essa discussão deva ter uma abordagem biopsicossocial, sendo a escola fundamental nesse processo por sua importância no desenvolvimento juvenil. Apesar de existirem orientações acerca da ES nas escolas, visando a promoção da sexualidade de maneira responsável, a sua efetividade é questionável. Isso porque comportamentos discriminatórios por parte dos profissionais de educação continuam sendo uma realidade, perpetuando a sexualidade como um tabu na sociedade. Dessa maneira, é fundamental uma ação conjunta entre os educadores e os profissionais da saúde para promover uma ES segura nas escolas. Objetivo: Reconhecer os impasses para a implementação da educação sexual nas escolas brasileiras e o papel do profissional de saúde na sua promoção. Metodologia: Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Portal de periódicos da CAPES e SciELO com o descritor: ̈educação sexual¨, selecionados artigos dos últimos 5 anos. Após a leitura dos resumos, foram escolhidos os artigos que mais se adequaram à pesquisa e excluídos os que não foram escritos em português e que não abordavam a ES no Brasil. Resultados: A falta de formação profissional adequada configura-se como uma das principais dificuldades para assegurar aos estudantes brasileiros uma ES de qualidade. Além disso, outras barreiras que podem ser destacadas são: conservadorismo familiar, crenças religiosas e morais. Dessa forma, ações concomitantes entre educadores e profissionais da saúde, como palestras, rodas de conversa e cursos, seriam atividades impulsionadoras para oferecer conhecimento necessário para garantir a prática de sexo seguro. Portanto, o profissional da saúde é essencial nesse processo de possibilitar que alunos e professores tenham acesso a informações de qualidade sobre a temática, permitindo autonomia e bem-estar. Conclusão: Conclui-se que profissionais de saúde devem auxiliar na formação biopsicossocial adequada dos educadores para poderem abordar a temática com o fator preventivo e educativo nas escolas e na comunidade. Apesar de existir uma significativa quantidade de artigos, ainda há muito o que ser debatido sobre, sendo necessárias mais publicações sobre a temática.
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