RELATO DE EXPERIÊNCIA: A APLICAÇÃO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO EM UM CONTEXTO COMUNITÁRIO DE VULNERABILIDADE SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2987Palavras-chave:
CONTEXTO FAMILIAR, INTERVENÇÃO, LONGITUDINALIDADE, SISTEMA ÚNICO DE SAÚDEResumo
Introdução: O princípio da longitudinalidade do cuidado visa a atenção contínua aos indivíduos em diferentes fases da vida. Embora tenha sido ampliado pelo acesso da população ao Sistema Único de Saúde, esse ainda possui obstáculos para ser plenamente difundido, sendo, um destes, a resistência de alguns usuários em procurar os serviços de saúde. Objetivos: Promover reflexão acerca da importância de utilizar os serviços de saúde no âmbito da Atenção Primária à saúde, Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS), a fim de efetivar a melhora da qualidade de vida. Material e métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre o projeto de intervenção aplicado em uma família da Comunidade do Dendê, em Fortaleza, Ceará. A seleção da família ocorreu por conveniência dos pesquisadores e Agente Comunitário de Saúde. A abordagem ocorreu mediante o uso da metodologia de autocuidado dos 5 As (Avaliação, Aconselhamento, Acordo, Assistência e Acompanhamento) e da visita domiciliar. Resultados: O relato reconhece a existência de um convívio familiar estável, onde a resistência por parte da paciente índice em acessar a UAPS apresenta-se como principal problema. A rotina com muitos afazeres foi a justificativa dada pelo indivíduo abordado para a não procura dos serviços de saúde. Dessa forma, espera-se que a meta proposta no acordo fomente uma melhor organização familiar para que haja a procura de um atendimento médico integral e, assim, o alcance de uma maior longevidade. Conclusão: A visita e a abordagem familiares permitiram o conhecimento da realidade de uma família que dispõe exclusivamente de atendimento médico por meio do Sistema Único de Saúde. No entanto, esse serviço não é utilizado, o que dificulta a existência de um acompanhamento longitudinal, o qual viabiliza a maior prevenção e o tratamento das enfermidades. A rotina, como motivo principal da fragilidade no acesso, deve ser repensada para que a população garanta seu vínculo com a UAPS e favoreça os cuidados longitudinais das equipes interprofissionais em saúde.
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