SALA DE ESPERA: UMA ESTRATÉGIA DE CUIDADO E PROMOÇÃO EM SAÚDE MENTAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2777Palavras-chave:
SALA DE ESPERA, SAÚDE MENTAL, PROMOÇÃO DA SAÚDEResumo
Introdução: A sala de espera é uma ferramenta utilizada no serviço CAPS II, é um local de escuta, informação e acolhimento. As vezes percebida como um lugar ocioso, pois é onde os pacientes aguardam pelo atendimento, seja agendado ou demanda espontânea. No entanto, torna-se um espaço para ações de promoção de saúde, que possibilita o cuidado humanizado e integral, em sintonia com princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS): integralidade, universalidade, equidade, descentralização e a participação social. Objetivo: Relatar a experiência de profissionais de um CAPS II na efetivação da sala de espera, como espaço de troca de saberes para educação e promoção de saúde e qualidade de vida de usuários com transtorno mental. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, do tipo descritivo. As atividades são desenvolvidas pela equipe multiprofissional do CAPS II em Sobral. O profissional que está de referência para acolhimento no início de cada turno se reúne junto com os usuários. Nesse espaço, é discutido temas específicos de acordo com a necessidade e realidade local: assembleia geral, luta antimanicomial, cuidados relacionados a covid-19, dentre outros. Os usuários podem contribuir tirando dúvidas ou com o conhecimento prévio. Sendo um espaço de fala e escuta. Resultados: As salas de espera revelaram ser um espaço dinâmico, que envolvem questões culturais, singulares, coletivas, e a interação entre o saber científico e o saber popular. Entretanto, por se tratar de usuários com transtorno mental, é preciso entender o usuário na sua singularidade para lidar com alguns aspectos referentes às consequências deste transtorno, incluindo as comorbidades, tais como perguntas sem nexo com a realidade. É um espaço potente, que permite uma aproximação do usuário e serviço, proporcionando um maior vínculo. Conclusão: A experiência possibilitou a integração de saber científico e popular, construir vínculos, informar sobre o fluxo do serviço e trabalhar o autocuidado do paciente, assim como ofertar o usuário da saúde mental uma acolhida de qualidade.
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