A PREVALÊNCIA DE TRANSTORNO MENTAL COMUM EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Resumo

Introdução: A Covid-19 causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) teve início na China em dezembro de 2019. Diante do alto índice de propagação do vírus, a Organização Mundial da Saúde declarou pandemia. Em vista disso, foram adotadas diversas medidas a fim de mitigar a disseminação do vírus, entre elas o distanciamento social. No entanto, a adesão ao distanciamento social tem propiciado o surgimento sintomas de depressão e ansiedade, tornando mais propenso o desenvolvimento de transtornos mentais comuns, principalmente em pessoas diabéticas, as quais são grupo de risco. Objetivo: Verificar a prevalência de transtorno mental comum em pessoas com diabetes mellitus durante a pandemia da Covid-19. Material e métodos: Estudo transversal, de caráter exploratório, com amostra de 111 pessoas. Desenvolvido em duas Comunidades Virtuais (CV) do Facebook® voltadas ao diabetes mellitus. Os participantes foram recrutados por meio de mensagens públicas postadas nos fóruns das CV escolhidas e caso aceitassem participar do estudo teriam que declarar seu consentimento na participação por meio de um formulário eletrônico no Google Forms. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário de sintomas denominado Self Report Questionnaire-20 (SRQ-20). Os dados foram analisados de forma descritiva por meio do software IBM SPSS, versão 26. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: A prevalência de transtorno mental comum entre as pessoas diabéticas foi de 37,8%. No grupo de humor depressivo-ansioso, os sintomas mais prevalentes demonstraram que 64% das pessoas com diabetes se sentiram nervosas, tensas ou preocupadas. Quanto ao decréscimo de energia vital, 51,4% dos diabéticos relataram que se cansaram com facilidade. Para os sintomas somáticos, identificou-se que 30,6% apresentaram sensações desagradáveis no estômago. Quanto aos pensamentos depressivos, verificou-se que 31,5% tiveram dificuldade para tomar decisões. Conclusão: A saúde mental das pessoas com diabetes mellitus, por meio da análise do estudo, tem se mostrado frágil durante o distanciamento social, pois a presença de sintomas ansiosos e depressivos foram prevalentes na amostra. Por isso, torna-se relevante desenvolver estratégias e intervenções que minimizem os impactos causados neste segmento populacional e que proporcionem a melhoria da qualidade de vida.