PREVALÊNCIA DE SOFRIMENTO MENTAL NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL: SURVEY ONLINE DE ABORDAGEM NACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2866Palavras-chave:
DEPRESSÃO, PUERPÉRIO, GESTAÇÃO, SAÚDE MENTALResumo
Introdução: Durante o ciclo gravídico-puerperal, a mulher pode experimentar mudanças fisiológicas, sociais, psicológicas e físicas. Dados epidemiológicos mostram que a depressão ocorre na razão de duas mulheres para um homem e, que 20% a 40% tem sido diagnosticada com perturbação emocional ou disfunção cognitiva no período pós-parto. As condições impostas à essas mães durante esse período exercem papel fundamental no desenvolvimento de transtornos mentais. Objetivo: Avaliar a prevalência de sofrimento mental em mulheres no período gravídico puerperal. Material e métodos: Trata-se de estudo transversal exploratório, realizado com 1073 mulheres no ciclo gravídico-puerperal, dos 27 Estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, por meio de formulário on-line. Os dados foram coletados por três instrumentos: Roteiro de Caracterização Sociodemográfica, Condições de Saúde e Gineco-Obstétricas; Questionário de Autorrelato-20 (SRQ-20 – Self Report Questionnaire-20) e Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo (EPDS – Edinburgh Postnatal Depression). Os dados foram analisados de forma descritiva por meio do software IBM SPSS, versão 26. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob parecer nº.: 4.187.878. Resultados: Identificou-se a prevalência de mulheres adultas (98,2%); com Ensino Superior completo ou com Pós-Graduação (80,5%); casadas/união estável (89,7%) e; com renda familiar superior a dois salários-mínimos (71,5%). Sobre as doenças psiquiátricas listadas pelas mulheres no ciclo gravídico-puerperal, houve predomínio de depressão (15,3%), de ansiedade (9,9%) e de síndrome do pânico (3,49%). Quanto ao histórico familiar de doenças psiquiátricas, casos de depressão (26,2%), de ansiedade (6,4%), de bipolaridade (5%) e de síndrome do pânico (4,9%) foram as enfermidades mais frequentes. Conclusão: Evidenciou-se que dentre os transtornos mentais mais comuns em mulheres no ciclo gravídico-puerperal e, em seus familiares, a depressão foi predominante, seguido da ansiedade. Logo, é crucial a participação da equipe multiprofissional atuando junto à essas mulheres para que seja possível, prevenir, detectar e tratar esses transtornos.
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