MÃES NARCISISTAS: IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2865Palavras-chave:
FILHOS, MÃES, TRANSTORNO NARCISISTAResumo
Introdução: A mãe narcisista é acometida pelo Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN), um padrão difuso patológico caracterizado pela falta de empatia, necessidade de admiração e sentimento de grandiosidade que surge no início da vida adulta. Objetivo: Orientar os profissionais de saúde da atenção básica a reconhecer mães com transtorno de personalidade narcisista e auxiliar os filhos a lidar com essa relação. Metodologia: A análise dos dados foi realizada de forma descritiva sendo feita uma pesquisa sistemática com foco na população materna com distúrbios narcisistas e a relação com os filhos. Foram examinados artigos publicados entre os anos de 2015 e 2021 nos idiomas português, espanhol e inglês. As buscas ocorreram na plataforma Google Acadêmico e no Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Resultados: O narcisismo materno é caracterizado por um relacionamento abusivo que, geralmente, envolve a destruição da autoestima e autonomia dos filhos. Estudos apontam que essas crianças lidam com déficits de cuidados maternos e podem ser incapazes de avaliar suas próprias necessidades, se tornar narcisistas como a mãe, ser perfeccionistas, lutar para receber elogios, tentar sempre agradar as pessoas, apresentar obsessão por limpeza, isolar-se, esconder seus sentimentos, ter instabilidade emocional e transtornos psiquiátricos como ansiedade e depressão. O diagnóstico é indicado por cinco ou mais dos seguintes itens: sensação grandiosa da própria importância; preocupação com fantasias de sucesso ilimitado; acredita ser “especial” e único; expectativas irracionais de tratamentos favoráveis; explorador em relações interpessoais; carece de empatia; frequentemente invejoso em relação aos outros; demonstra comportamentos arrogantes e insolentes. As medidas mais viáveis para que os filhos se adequem, são resumidas em aceitar a situação e compreender que não possuem culpa, ter autoconfiança, não serem passivos e buscarem ajuda profissional. Conclusão: Percebe-se que a relação materna, tão idealizada pela sociedade, pode ser alvo de distúrbios psicopatológicos, como o TPN. Este traz danos não só na qualidade do cuidado materno, mas também danos comportamentais nos próprios filhos, a exemplo de ansiedade, depressão, baixa autoestima e necessidade de validação. Dessa forma, conclui-se que há relação intrínseca entre os comportamentos narcisistas maternos e maior risco de distúrbios psiquiátricos nos filhos.
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