TAXA DE MORTALIDADE DA AMEBÍASE EM CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS NO BRASIL, 2010-2019
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2824Palavras-chave:
AMEBÍASE, MORTALIDADE, ESTUDO SÉRIE TEMPORALResumo
Introdução: A Amebíase é uma parasitose comum em regiões tropicais, desencadeada pela Entamoeba histolytica. O protozoário tem potencial para se alojar no cólon após contaminação por ingestão de cistos do protozoário a partir de alimentos mal lavados, através do contato mão-boca ou anal-oral, caracterizando-se uma doença sanitário endêmica. Objetivo: Analisar a tendência temporal da taxa de mortalidade por Amebíase de crianças menores de 5 anos entre os anos de 2010 e 2019, no Brasil. Material e métodos: Trata-se de um estudo de caráter ecológico. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O número de nascidos vivos foi retirado do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), enquanto o número de óbitos de crianças menores de 5 anos por Amebíase, entre 2010 e 2019, foi obtido no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Para obtenção da taxa de mortalidade, executou-se a fórmula: (óbitos de 0 a 4 anos ÷ nascidos vivos) x 100.000, respectivamente para cada ano analisado. Para análise temporal dos dados utilizou-se o software Stata 14.0. A tendência foi elaborada pelo método de regressão linear de Prais-Winsten, através do qual obteve-se a taxa de incremento anual. A tendência só foi considerada significativa para p-valor < 0,05. Resultado: Durante a análise dos dados foram observados 123 óbitos por Amebíase no intervalo estudado. Em 2011 houve a maior taxa de mortalidade por Amebíase de crianças menores de 5 anos do período, expressando 0,72 óbitos por 100.000 nascidos vivos, enquanto 2018 apresentou menor expressão, 0,1/100.000. Essa análise é corroborada pela tendência decrescente da taxa de óbitos da Amebíase entre os anos de 2010 a 2019, com taxa de variação anual negativa de 18,1%. É importante ressaltar que tal levantamento expressa significância com p-valor igual a zero. Conclusão: A partir do apresentado, o estudo demonstrou tendência decrescente da taxa de mortalidade da Amebíase em crianças menores de 5 anos no Brasil, o que pode ser reflexo de uma ligeira melhora das condições sanitárias das regiões endêmicas brasileiras. Contudo, os óbitos infantis por essa patologia ainda persistem, o que demonstra a necessidade de elevar a conscientização de medidas preventivas.
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