ACESSO A EXAMES DE IMAGENS MÉDICAS NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2809Palavras-chave:
EXAMES DE IMAGENS, SUS, TECNOLOGIAResumo
Introdução: Apesar da lei 8080 garantir a universalidade, como princípio, existe uma acentuada problemática no acesso aos serviços ofertados no SUS, como a efetuação de exames de imagens. Por essa razão, destacam-se o pouco investimento no setor e a capacidade do desenvolvimento tecnológico baratear os custos dos exames. Objetivos: O objetivo do trabalho é relacionar o subfinanciamento do SUS com a dificuldade de acesso a exames de imagem. Materiais e Métodos: Foi utilizada a base de dados TabNet do sistema DataSUS, obteve-se a produção ambulatorial total e de exames de imagem médica do SUS compreendida entre o ano de 2014 a 2019. Para seleção dos artigos foram utilizadas as bases de dados Scielo e Google Acadêmico, filtrando artigos de 2009 até 2021. Foi utilizado o livro "Políticas e sistema de saúde no Brasil" de Giovanella, como base teórica. Resultados: A análise dos dados entre 2014 até 2019 demonstra um aumento pouco significativo dos gastos destinados a exames de imagem médica, o que dificulta a qualidade e a abrangência do sistema. Os custos ao governo são oriundos também das manutenções recorrentes dos aparelhos de exames de imagem, pelas condições específicas de funcionamento. O recente fenômeno da especialização dos médicos diminui a oferta dos generalistas, o que fomenta o aumento de pedidos de exames complementares, muitas vezes, desnecessários, contribuindo para a sobrecarga do SUS. Além disso, nota-se a relevância da elaboração de métodos tecnológicos alternativos para o baratear custos e popularizar estratégias de promoção à saúde. Por exemplo, as abreugrafias - imagens radiológicas da região do tórax em menores proporções, criadas pelo médico Manuel de Abreu - auxiliavam no diagnóstico de patologias, como a tuberculose, esse método apresentava um menor custo e tempo de produção, características fundamentais para um diagnóstico precoce. Conclusão: Portanto, percebe-se um processo de subfinanciamento e de sobrecarga do SUS. Dessa forma, o investimento em pesquisas e tecnologias são as principais ferramentas para a obtenção de novos métodos, fundamentais para democratizar os exames de imagem médica à população.
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