A SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19: REVISÃO DA LITERATURA

Resumo

Introdução: A pandemia da COVID-19 foi decretada pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020. Desde as primeiras análises, em vários países mostrou-se que pessoas maiores de 60 anos são mais vulneráveis à doença. Isto ocorre, porque a imunossenescência deixa a pessoa mais vulnerável às doenças infectocontagiosas, assim como a presença de doenças crônicas dificulta que o prognóstico seja favorável. Objetivo: Este resumo objetivou discutir aspectos relacionados a implicações da Covid-19 na saúde mental de pessoas idosas. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, MedLine e SciELO, seguindo os critérios de elegibilidade pré-estabelecidos a partir das associações dos descritores “Covid-19”, “Pessoa Idosa” e “Saúde Mental”, realizado em outubro de 2021. O recorte temporal utilizado foi o tempo da pandemia (2019-2021). Resultados: Como resultados os idosos passaram a ocupar uma posição de destaque na pandemia, mormente em razão da vulnerabilidade causada pelo estado de senescência ou senilidade, o estudo revela que isto ocorre, principalmente, em razão dos medos e incertezas relacionado ao contexto pandêmico, pois há receio em ser contaminado ou contaminar familiares, da elegibilidade de vaga hospitalar, da indisponibilidade de medicamentos, bem como da falha vacinal. Tudo isso tem contribuído e potencializado negativamente os efeitos emocionais da pandemia nesse grupo etário. Outrossim, o isolamento social desencadeou nos idosos uma sensação de solidão e desamparo por causa da instabilidade socioeconômica e política instaurada. Isso pode vir acompanhando do sentimento de angústia e tristeza profunda, o que oportuniza o adoecimento mental e, consequentemente, quadros de depressão, que podem evoluir para situações drásticas de tentativa de suicídio ou de suicídio em si. Nesse sentido, observa-se uma combinação de fatores como a privação da liberdade somada à falta de contato físico e de proximidade com a família que tornam a pessoa idosa mais vulnerável à ansiedade, ao estresse e à depressão durante a pandemia. Conclusão: Conclui que as elevadas prevalências encontradas indicam a necessidade de garantir a provisão de serviços de atenção à saúde mental, adaptados ao contexto pandêmico.