DÍMERO-D: FATOR LIMITANTE PARA O PROGNÓSTICO DE PACIENTES COM COVID-19
Palavras-chave:
Coagulopatias, COVID-19, SARS-CoV-2Resumo
Introdução: O coronavírus (COVID-19) é uma doença causada por um vírus de RNA fita simples senso positivo, que é definido como “Síndrome Respiratória Aguda Severa Coronavírus 2” (SARS-CoV-2). Essa doença surgiu na cidade de Wuhan na china no final de 2019, e é altamente contagiosa, uma vez que sua transmissão é rápida inter-humano, e o vírus é responsável por desencadear infeções principalmente no trato respiratório. Objetivo: O presente estudo visa avaliar qual eficácia do dímero-D como marcador de prognósticos para pacientes com COVID-19. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa do tipo exploratória narrativa. Foram realizadas buscas nas principais bases eletrônicas nacionais e internacionais: Pubmed, Scielo, Biblioteca virtual de saúde (Bvs) e Google Acadêmico, selecionando artigos científicos sobre o tema por meio dos descritores: COVID-19, coagulopatias no COVID-19, dímero D e alterações hematológica, no período de 2020. Resultados: A infecção induzida pelo COVID-19 pode estar associada a um processo de coagulopatia, uma vez que, achados laboratoriais mostram que pacientes com aumento do dímero-D tem maior probabilidade de desenvolver o processo de coagulação intravascular disseminada (CIVD). A coagulopatia inicial apresenta elevação dos produtos de degradação do dímero-D e fibrina/fibrinogênio, enquanto anormalidades no tempo de protrombina, tempo parcial de tromboplastina e contagem de plaquetas são incomuns no início da doença. A disfunção das células epiteliais induzidas pela infecção resulta na geração em excesso de trombina e desligamento da fibrinólise, levando a um estado hipercoagulável, não controlado por anticoagulantes naturais. Sendo assim, o aumento do produto da degradação da fibrina, o dímero-D quando aumentado está associado à alta mortalidade, principalmente quando o paciente tem septicemia, acarretando a falência de múltiplos órgãos. A CIVD em pacientes com COVID-19 que não sobreviverem chegou a 71,4% em estágios tardios da doença. Conclusão: Estudos sugerem que em pacientes críticos e com o dímero-D aumentando seja utilizado anticoagulantes, em especial a heparina de baixo peso molecular (HBMP), uma vez que este parece reduzir os níveis de dímero-D e de produtos da degradação de fibrinogênio.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br