A MATURAÇÃO OOCITÁRIA IN VITRO PARA PREVENIR A SÍNDROME DA HIPERESTIMULAÇÃO OVARIANA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2727Palavras-chave:
MATURAÇÃO OOCITÁRIA IN VITRO, SÍNDROME DA HIPERESTIMULAÇÃO OVARIANA, TÉCNICAS REPRODUTIVASResumo
Introdução: Anos atrás, padronizou-se utilizar protocolos de hiperestimulação medicamentosa controlada para captar oócitos, porém a estimulação ovariana não é isenta de riscos. A síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO) é a resposta exagerada dos ovários às gonadotrofinas. Divide-se em quatro graus: leve, moderada, grave e crítica. Devido grande quantidade folicular o líquido acumulado nos ovários aumenta a permeabilidade capilar, resultando no efluxo de líquido intravascular para o espaço intersticial. Consequências são alterações hemodinâmicas, de hemoconcentração, líquido nos pulmões, insuficiência renal, trombose e morte. No Brasil é estimado três óbitos a cada 100 mil tratamentos. A maturação in vitro (MIV) apresenta uma alternativa aos tratamentos que utilizam gonadotrofinas, por ser o cultivo in vitro de oócitos imaturos. Objetivo: Esse trabalho busca reunir informações para responder se a MIV tem se mostrado boa alternativa aos tratamentos de reprodução humana assistida objetivando-se prevenir a SHO. Materiais e Métodos: Realizou-se revisão bibliográfica em revistas acadêmicas, comparando dados. Resultados: Respostas das células de mamíferas à MIV: Certo estudo realizado em 1975 utilizando progesterona no meio de cultivo obteve resultado negativo em sua pesquisa, assim como uma pesquisa em 1998 ao utilizar FSH/LH. Utilizando fluido folicular, em 1991, o resultado obtido foi satisfatório. Ao utilizar estrogênio + soro bovino em 1994 o resultado concluiu-se indiferente. Em 1998 e 2000, foi observado resultado positivo ao usar FSH/LH nos estudos. Trazendo nova perspectiva, em 1998 foi proposto o uso de insulina do fluido folicular in vivo + fator de crescimento insulina símile – I + IGF-I obtendo resultados positivos. Em 2017 inúmeros pesquisadores apoiaram o uso de TCM 199 + SSS + FSH + hCG recombinante + estradiol + insulina + FGF alegando ser o maior avanço até a atualidade. Conclusão: O desenvolvimento oocitário adequado demanda sincronia entre a maturação nuclear e citoplasmática. A partir do pensamento contemporâneo de não repetir expressamente o que ocorre in vivo, alguns grupos de pesquisadores sugerem a adição de agentes farmacológicos ao meio de cultivo para evitar a maturação nuclear precoce. A MIV tem demonstrado ser uma alternativa viável para casos com probabilidade de desenvolver complicações da SHO. É inegável a necessidade de mais estudos na área.
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