DIABETES GESTACIONAL: A CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE MATERNO-FETAL

Autores

  • Maria Fernanda Silveira Dias
  • Antônio Carlos Pinto Guimarães
  • Mayra Lílian Rezende
  • Sarah Fonseca Silva
  • Monique Marianne Santana Santos

Palavras-chave:

atenção primária à saúde, cuidado pré-natal, diabetes gestacional, saúde da mulher

Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), segundo a Organização Mundial de Saúde, incide de forma global em 5% a 10% das gestações e no Brasil representa 37% das mortes maternas. É definido como qualquer grau de redução da tolerância à glicose, cujo início ou detecção ocorre durante a gravidez. Diante dessa alta prevalência, destaca-se a boa condução do pré-natal na atenção básica, incluindo prevenção, detecção e manejo desse transtorno metabólico, visando assegurar a saúde materno-fetal. Objetivo: Compreender o manejo do diabetes gestacional empregado pela equipe de saúde da família ao longo do pré-natal. Material e métodos: Para tal, realizou-se uma revisão literária de protocolos oficias e artigos acerca do tema nas plataformas BVS e Scielo com os descritores atenção primária à saúde, cuidado pré-natal, diabetes gestacional e saúde da mulher. Dos materiais encontrados, sete foram selecionados para análise. Resultados: A gestante é acolhida e recebe escuta humanizada na atenção básica. Ao longo do pré-natal, é viável a orientações sobre complicações do diabetes gestacional e benefícios do rastreamento, este oferecido desde o primeiro contato, sendo recomendada a dosagem da glicemia plasmática 1h após teste oral. Vários são os fatores de risco pré-gestacionais e gestacionais usados como guia para a atenção individualizada à paciente, tais como idade, sobrepeso e histórico familiar. Confirmando-se essa intolerância à glicose, a equipe multiprofissional avalia no feto a presença de macrossomia, associada à obesidade infantil e à síndrome metabólica, polidrâmnio e malformações cardíacas, além de complicações maternas, sobretudo hipertensão e particularmente pré-eclâmpsia, proporcional à intensidade da insulinorresistência. Ademais, além do encaminhamento da gestante ao pré-natal de alto risco, persistem os cuidado na atenção básica. Esta é relevante no monitoramento nutricional da gestação, com seu impacto positivo na saúde materno-fetal e no pós-parto, apontado como elemento fundamental na prevenção da morbidade e da mortalidade perinatal. Conclusão: Nessa perspectiva, a equipe multiprofissional deve acolher a gestante com sensibilidade e afetividade, estar atenta ao rastreamento e cuidados do diabetes gestacional, além de planejar e executar ações individualizadas voltadas à saúde materno-fetal.

Publicado

2020-07-01

Como Citar

Silveira Dias, M. F. ., Pinto Guimarães, A. C. ., Rezende, M. L., Fonseca Silva, S. ., & Santana Santos, M. M. (2020). DIABETES GESTACIONAL: A CONDUÇÃO DO PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE MATERNO-FETAL. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 1(2), 71. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/268

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